O lucro da EDP caiu 7% no primeiro semestre deste ano, face a igual período de 2024, para 709 milhões de euros, mas a empresa portuguesa de energia reviu em alta as estimativas para o final do ano, em comunicado divulgado através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) esta quinta-feira, 31 de julho.
Os resultados líquidos subjacentes subiram 27%, para 752 milhões de euros. Esta é uma métrica que as empresas utilizam para procurar melhor refletir a evolução do negócio e que exclui, neste caso, o impacto das operações de rotações de ativos.
Os resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA, no acrónimo em inglês) recorrentes caíram 3%, para 2.598 milhões de euros, mas os subjacentes cresceram 7%.
A métrica dos resultados não recorrentes exclui itens relevantes que não voltam a repetir-se. A empresa assinala custos 17 milhões de euros com a reestruturação do quadro de recursos humanos e 11 milhões de euros relativos ao cancelamento de um contrato com o fornecedor de equipamentos do projeto South Coast Wind.
Esta evolução é explicada pelo “aumento de 3,1 (GW) [Gigawatts] na capacidade renovável, um aumento de 12% na produção total de eletricidade com forte contributo das operações nos EUA (90% renováveis) e um sólido desempenho das redes de eletricidade em Portugal, Espanha e Brasil”.
A empresa liderada por Miguel Stilwell d’Andrade realça melhores perspetivas para os negócios integrados da Península Ibérica, devido aos níveis das albufeiras em máximos históricos (cerca de 83% em julho), o “elevado peso da margem bloqueada e” a “crescente procura de flexibilidade e serviços auxiliares, vista como uma mudança estrutural no mercado”.
Por isso, reviu em alta as estimativas para o final do ano, esperando agora um EBITDA recorrente entre 4,8 e 4,9 mil milhões de euros, quando antes se previa ficasse em torno do primeiro valor, e um lucro recorrente entre 1,2 e 1,3 mil milhões de euros, quando antes a perspetiva era de que se situasse em redor de 1,2 mil milhões de euros.
A dívida deverá situar-se em cerca de 16 mil milhões de euros.
Na quarta-feira, antes da abertura do mercado bolsista, a EDP Renováveis (EDPR) apresentou resultados, com o lucro em queda de 56% no primeiro semestre deste ano, face a igual período de 2024, para 93 milhões de euros, impactado por itens não recorrentes e pela contabilização da rotação de ativos.
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