Os lucros da Altri registaram uma quebra de 71,9% (152,5 milhões), para 42,8 milhões de euros em 2023, sendo que no último trimestre do ano o valor foi de 14,6 milhões, correspondente a uma descida de 58,3% (34,9 milhões de euros), face ao trimestre homólogo, informou a empresa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) esta quinta-feira, 21 de março.
Também o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), registou uma queda 54,4% (301,4 milhões), para 137,3 milhões de euros, com uma margem de de 17,4%, o que se traduziu numa redução de 10,8 pontos percentuais (p.p.) face ao período homólogo.
A cair ficaram ainda as receitas totais, que atingiram os 788,2 milhões de euros em 2023, um decréscimo de 26,1% “atribuível a uma rápida evolução negativa dos preços da pasta Hardwood, consequência da diminuição na procura global no início do ano que eventualmente afetou os volumes vendidos”, pode ler-se no comunicado.
O investimento líquido realizado pelo Grupo Altri no último ano atingiu os 60,7 milhões de euros, o que compara com os 45,3 milhões de euros no período homólogo.
Por sua vez, a dívida líquida do Grupo Altri diminuiu para os 356,7 milhões de euros, em comparação com o último trimestre do ano (391,4 milhões de euros), tendo observado um aumento face ao ano anterior (325,8 milhões de euros).
O Grupo Altri, através da Biotek, Caima e Celbi, produziu 1.061 mil toneladas de fibras celulósicas em 2023, uma descida de 7,1% face a 2022 “dada a procura inferior na Europa e a otimização do inventário” da empresa. No último trimestre do ano, a Altri registou uma quebra homóloga (-3,7%) para uma produção total de 279,7 mil toneladas.
A Europa é o principal mercado de atuação da Altri, tendo no ano passado apresentado uma quebra de um decréscimo de apenas 2,4% ao comparar com o ano anterior, de um volume total de vendas de fibras celulósicas no ano de 2023 de 1.081 mil toneladas.
José Soares de Pina, CEO da Altri, considera que “2023 foi um ano atípico no mercado das fibras celulósicas. Assistimos a uma das mudanças de ciclo mais repentinas em mais de uma década, com um abrandamento do crescimento da procura global fruto do processo de destocking na Europa e na América do Norte, seguido, na segunda metade do ano, de uma melhoria das perspetivas em resultado da forte recuperação do mercado asiático”.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com