Lucros da General Motors caem 19% no 1º semestre para 4,03 mil milhões de euros

Os lucros da General Motors desceram 19% no primeiro semestre para 4,7 mil milhões de dólares (4,03 mil milhões de euros), avançou esta terça-feira a empresa automóvel.

A faturação manteve-se praticamente inalterada nos 91 mil milhões de dólares (78,08 mil milhões de euros). Os lucros da General Motors (GM) desceram 35,5% no segundo trimestre para 1,89 mil milhões de dólares (1,62 mil milhões de euros) e as receitas desceram 1,77% para 47,12 mil milhões de dólares (40,39 mil milhões de euros). “Apesar do crescimento mais lento da indústria de veículos elétricos, acreditamos que o futuro a longo prazo é a produção lucrativa de veículos elétricos, e isso continua a ser o nosso norte”, escreveu a presidente executiva da empresa, Mary Barra, numa carta aos acionistas.

A GM reduziu as suas expectativas de lucro para o ano, à medida que se prepara para um impacto potencial de tarifas sobre os automóveis de até 5 mil milhões de dólares (4,29 mil milhões de euros) em 2025. A GM tinha anunciado planos para investir 4 mil milhões de dólares (3,43 mil milhões de euros) para transferir parte da produção do México para fábricas nos Estados Unidos. A empresa disse na época que o investimento seria feito nos próximos dois anos e seria destinado aos seus veículos a gasolina e elétricos.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, assinou decretos em abril para flexibilizar algumas das suas tarifas de 25% sobre automóveis e peças, já que os impostos de importação ameaçavam prejudicar os fabricantes nacionais. Os fabricantes de automóveis e análises independentes indicaram que as tarifas poderiam aumentar os preços, reduzir as vendas e tornar a produção dos EUA menos competitiva a nível mundial. Trump retratou as mudanças como uma ponte para que os fabricantes de automóveis transferissem mais produção para os Estados Unidos.

A GM divulgou os resultados financeiros um dia depois de a fabricante Stellantis ter afirmado que as suas estimativas preliminares apontam para um prejuízo líquido de 2,3 mil milhões de euros no primeiro semestre do ano devido às tarifas dos EUA.