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Lucros do Banco Best caem 43,5% para 1,3 milhões

Segundo o comunicado do banco online, destaca-se o crescimento no trading de 70% e de 15% em novos clientes face ao período homólogo.
4 Agosto 2020, 11h47

O Banco Best reportou 1,3 milhões de euros de resultados positivos no primeiro semestre, o que compara com os 2,3 milhões obtidos em igual período do ano anterior (-43,5%).

Segundo o comunicado, destaca-se o crescimento no trading de 70% e de 15% em novos clientes face ao período homólogo.

Durante o período de confinamento, “o Best evidenciou ser uma referência na banca digital, visível no importante crescimento do número de novos clientes, tendo sido a videochamada utilizada por 24% dos processos de abertura de conta e a Chave Móvel Digital, uma novidade introduzida neste primeiro semestre que facilita a abertura de conta e a validação de operações, por 19%”, refere a instituição financeira online.

O banco liderado por Madalena Torres anunciou que em junho de 2020, os rácios prudenciais se mantiveram com um rácio Core Tier 1 de 49% (valor de maio de 2020) e um rácio de crédito vencido de 0,18%. O rácio de transformação de depósitos em crédito de 16%, o dá uma boa margem de liquidez ao banco.

“O primeiro semestre ficou marcado pela declaração da pandemia Covid-19, e por um período longo de confinamento, com inegável impacto económico global”, diz o banco para explicar a queda dos resultados.

“Os mercados financeiros, nos seis primeiros meses do ano, tiveram um comportamento muito diferente entre si. Até meados de fevereiro, registaram um desempenho muito positivo, logo seguido de dois meses com significativas desvalorizações em função dos receios dos efeitos da Covid-19 (declarada como pandemia pela OMS a 11 de março), e já na reta final do semestre, registou-se uma significativa recuperação dos principais índices bolsistas”, anuncia a instituição do Grupo Novo Banco.

“Caracterizando-se o Best pela sua natureza de Banco digital e também pela sua especificidade de plataforma aberta de Asset Management e Trading, estes níveis históricos de volatilidade nos mercados financeiros afetaram o valor dos AUM’s (ativos sob gestão) dos Clientes do Banco que, face à redução de 1% versus final de junho de 2019, fecharam o semestre nos 2.023 milhões de euros”, explica o banco.

Os depósitos “atingiram a marca histórica de 682 milhões de euros”, que representa uma variação positiva significativa de 18% face ao primeiro semestre de 2019. Este crescimento resultou, fundamentalmente, do resgate de aplicações financeiras, mas também da entrada de recursos. Já no outro lado do Balanço, o volume de crédito a Clientes, sendo em 96% colateralizado por ativos financeiros, registou uma variação negativa de 22% face ao período homólogo, para 110 milhões euros.

O banco diz ainda que face às especificidades da carteira de crédito, “os pedidos de moratória no Best têm uma expressão absolutamente inexpressiva”.

A área de Trading que, a par do Asset Management, constitui uma das atividades core do Best, “beneficiou fortemente da referida volatilidade verificada nos mercados financeiros, tendo o volume de transações de derivados online aumentado 70% face ao período homólogo do ano anterior; um crescimento bem acima do aumento de 34% verificado no mercado nacional”.

No entanto, o maior crescimento no Trading Online ocorreu nas operações de bolsa, onde o volume de negociação registou um aumento de 128% atingindo os 585 milhões euros nos primeiros 6 meses do ano, detalha a instituição.

Para Madalena Torres, CEO do Best, “este primeiro semestre de 2020 trouxe uma pandemia que tornou realidade um cenário de ficção, apanhando o mundo de surpresa e transformando-o de forma radical. Apesar de toda a volatilidade que marcou os primeiros seis meses do ano, designadamente ao nível dos mercados, o Banco Best apresentou resultados positivos, acima dos objetivos fixados, cresceu em número de Clientes e em valor de depósitos”.

“A realidade demonstrou que o modelo de negócio do Best é resiliente e responde muito bem aos desafios dos tempos que vivemos. Num contexto de home office, a vertente digital do Best permitiu abrir novas contas e dar aos clientes acesso à plenitude da oferta, em total segurança”, adianta a CEO.

“A complementaridade existente entre a área de Trading e de Asset Management permitiu garantir um nível de receita dentro do objetivo”, refere na nota Madalena Torres, ao mesmo tempo que adianta que acredita “que à medida que a incerteza se for reduzindo e o mundo e as suas economias se forem adaptando à nova realidade, dispomos das competências e ferramentas adequadas para melhorar a nossa performance e continuarmos a ser uma referência no segmento onde estamos e também no digital banking em Portugal”.

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