O grupo IAG, dono da British Airways, revelou que os seus lucros dispararam 56% no terceiro trimestre deste ano. No entanto, estes “fortes” resultados parecem não ter animado os investidores.
De acordo com o relatório da empresa, o lucro operacional cresceu para 1.745 milhões de euros, um valor que compara com os 1.216 milhões de euros do trimestre homólogo. A receita aumentou 18% para 8,6 mil milhões de euros durante o terceiro trimestre.
Entre janeiro e setembro, nos primeiros nove meses do ano, o grupo apresentou lucros líquidos de 2.151 milhões de euros, quase 13 vezes mais que no ano passado. Simultaneamente, as receitas aumentaram 33,3% para 22.229 milhões de euros.
Também a margem operacional apresentou um crescimento de 20,2% entre junho e setembro. O grupo atribuiu este crescimento a diversos fatores.
A capacidade de voo aumentou 17,9% em relação ao mesmo período do ano passado, um crescimento despoletado pelas férias de verão na Europa, depois do grupo ter aumentado os voos para o Velho Continente.
“Este trimestre representa um desempenho recorde para o IAG. Vai permitir-nos investir no negócio e reduzir uma parte significativa da nossa dívida”, apontou Luis Gallego, CEO do grupo, em comunicado.
“Durante o terceiro trimestre, assistimos a uma forte procura sustentada em todas as nossas rotas, em particular no Atlântico Norte e Sul e em todos os destinos de lazer para toda a Europa. Continuamos a desenvolver os nossos hubs de Barcelona, Dublin, Londres e Madrid, apoiados nas entregas da nossa frota e nas encomendas futuras”, afirma o responsável.
De facto, o grupo anuncia a redução da dívida bruta em 2,4 mil milhões de euros para 17,2 mil milhões de euros nestes três meses. Devido a esta redução da dívida, a empresa assume que o S&P “elevou o IAG e a British Airways para o grau de investimento”.
O custo do combustível caiu 6,2% quando em comparação com o ano passado. Mas, a receita por passageiro aumentou 2,2% em termos anuais “devido à forte procura contínua por viagens de lazer”. O grupo assume ainda um aumento de 24,6% face ao mesmo período de 2019.
Apesar dos resultados entusiasmantes, o grupo de aviação, dono da British Airways e Iberia, está em queda na bolsa espanhola.
Pelas 10h15, o grupo está a cair 1,76% para 1,616 euros.
De acordo com o “El Economista”, as ações do grupo chegaram mesmo a perder mais de 3,5% e a valer menos de 1,6 euros. Este era um valor que não era visto desde março.
O que ‘tramou’ a empresa foi a redução da previsão de capacidade para o total do ano. De acordo com a empresa, a capacidade deve ficar em 96% dos níveis pré-pandémicos.
Ainda assim, a maioria dos analistas aconselha a ‘compra’ das ações, enquanto dois analistas da Renta 4 optam pela ‘venda’ e oito preferem ‘manter’.
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