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Lucros do dono da Iberia aumentaram 56% mas não animaram investidores

Entre janeiro e setembro, nos primeiros nove meses do ano, o grupo apresentou lucros líquidos de 2.151 milhões de euros, quase 13 vezes mais que no ano passado. No entanto, esses resultados não foram suficientes para animar os investidores já que as ações do grupo IAG estão a desvalorizar.
27 Outubro 2023, 10h52

O grupo IAG, dono da British Airways, revelou que os seus lucros dispararam 56% no terceiro trimestre deste ano. No entanto, estes “fortes” resultados parecem não ter animado os investidores.

De acordo com o relatório da empresa, o lucro operacional cresceu para 1.745 milhões de euros, um valor que compara com os 1.216 milhões de euros do trimestre homólogo. A receita aumentou 18% para 8,6 mil milhões de euros durante o terceiro trimestre.

Entre janeiro e setembro, nos primeiros nove meses do ano, o grupo apresentou lucros líquidos de 2.151 milhões de euros, quase 13 vezes mais que no ano passado. Simultaneamente, as receitas aumentaram 33,3% para 22.229 milhões de euros.

Também a margem operacional apresentou um crescimento de 20,2% entre junho e setembro. O grupo atribuiu este crescimento a diversos fatores.

A capacidade de voo aumentou 17,9% em relação ao mesmo período do ano passado, um crescimento despoletado pelas férias de verão na Europa, depois do grupo ter aumentado os voos para o Velho Continente.

“Este trimestre representa um desempenho recorde para o IAG. Vai permitir-nos investir no negócio e reduzir uma parte significativa da nossa dívida”, apontou Luis Gallego, CEO do grupo, em comunicado.

“Durante o terceiro trimestre, assistimos a uma forte procura sustentada em todas as nossas rotas, em particular no Atlântico Norte e Sul e em todos os destinos de lazer para toda a Europa. Continuamos a desenvolver os nossos hubs de Barcelona, Dublin, Londres e Madrid, apoiados nas entregas da nossa frota e nas encomendas futuras”, afirma o responsável.

De facto, o grupo anuncia a redução da dívida bruta em 2,4 mil milhões de euros para 17,2 mil milhões de euros nestes três meses. Devido a esta redução da dívida, a empresa assume que o S&P “elevou o IAG e a British Airways para o grau de investimento”.

O custo do combustível caiu 6,2% quando em comparação com o ano passado. Mas, a receita por passageiro aumentou 2,2% em termos anuais “devido à forte procura contínua por viagens de lazer”. O grupo assume ainda um aumento de 24,6% face ao mesmo período de 2019.

Bons resultados não animam IBEX

Apesar dos resultados entusiasmantes, o grupo de aviação, dono da British Airways e Iberia, está em queda na bolsa espanhola.

Pelas 10h15, o grupo está a cair 1,76% para 1,616 euros.

De acordo com o “El Economista”, as ações do grupo chegaram mesmo a perder mais de 3,5% e a valer menos de 1,6 euros. Este era um valor que não era visto desde março.

O que ‘tramou’ a empresa foi a redução da previsão de capacidade para o total do ano. De acordo com a empresa, a capacidade deve ficar em 96% dos níveis pré-pandémicos.

Ainda assim, a maioria dos analistas aconselha a ‘compra’ das ações, enquanto dois analistas da Renta 4 optam pela ‘venda’ e oito preferem ‘manter’.

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