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Luxo castiga e bolsa francesa ameaça pior ano desde 2010

O índice CAC 40 está a recuar mais de 2% desde o início do ano e 9% desde que se despoletou uma crise política em França. O mau ano no setor do luxo sobressai entre as cotadas.
6 Dezembro 2024, 15h13

Num ano de 2024 particularmente positivo para a generalidade dos índices bolsistas, França segue pelo caminho contrário. Isto porque o índice de referência na bolsa de Paris regista uma queda de 2,82% e tudo indica que vai completar o seu pior ano desde 2010, por comparação com as principais congéneres europeias.

O CAC 40 vê-se penalizado pela incerteza que se verifica no plano político, sobretudo desde junho, quando o presidente francês, Emmanuel Macron, dissolveu a Assembleia e convocou eleições legislativas antecipadas. Em causa esteve a vitória do Rassemblement National (liderado por Marine Le Pen) nas eleições europeias, com 31,37% dos votos. A coligação de centro ficou na segunda posição e não foi além dos 14,60%.

O último fator a contribuir para a situação de instabilidade foi a queda do governo de Michel Barnier. O próprio foi o primeiro-ministro francês com menos tempo no cargo na história da democracia francesa e nunca teve uma posição verdadeiramente estável.

Desde junho, o CAC tombou 9% e foi castigado sobretudo pelas desvalorizações registadas no sector do luxo. Empresas como a LVMH e a L’Oreal caíram mais de 16% desde o início do ano, ao passo que as ações da Kering estão 43% abaixo do valor pelo qual foram negociadas na primeira sessão de janeiro. Aquelas empresas atravessam uma fase complicada, com as contas a refletirem a queda da procura no mercado chinês.

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