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Macau quer manter-se como plataforma de captação de turistas entre Portugal e China

“O trabalho desenvolvido nos últimos anos em parceria com a APAVT, para mostrar Macau e para abrir portas aos operadores turísticos e dinamizar os fluxos turísticos, é para continuar”, disse hoje Maria Helena de Senna Fernandes.
4 Dezembro 2025, 08h37

A diretora da Direção dos Serviços de Turismo (DST) de Macau quer que a cidade continue a ser uma plataforma de captação de turistas entre Portugal e a China.

“O trabalho desenvolvido nos últimos anos em parceria com a APAVT, para mostrar Macau e para abrir portas aos operadores turísticos e dinamizar os fluxos turísticos, é para continuar”, disse hoje Maria Helena de Senna Fernandes.

A responsável falava no encerramento do 50.º congresso da Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT), que decorreu em Macau entre terça-feira e hoje.

“Hoje encerramos [um ciclo], mas vamos continuar com outros trabalhos, sendo que a designação de Macau como Destino Preferido [internacional da APAVT] para 2026 providencia o enquadramento para mantermos viva esta ligação”, lembrou.

A APAVT anunciou que voltou a escolher Macau – que acolheu este congresso pela sexta vez – como Destino Preferido da associação em 2026, o que permitirá um reforço da parceria.

O Destino Preferido da APAVT é um programa que inclui as áreas de comunicação e marketing, e que ajuda, desta forma, o destino eleito a promover-se noutros mercados.

A diretora da DST acrescentou, no encerramento, que “uma outra ideia fundamental” da região é que os operadores e agentes de viagens levem em mente a vantagem que têm em “aceder ao mercado do interior da China, tirando partido da plataforma proporcionada por Macau para criar itinerários e destinos”.

Os portugueses não têm necessidade de visto prévio para o interior da China até estadas de 30 dias.

“A parceria com a APAVT nos últimos três anos realmente tem sido uma das principais estratégias da nossa direção para dinamizar o mercado português, sendo que existiram uma série de iniciativas em conjunto, sobretudo, para reatar ligações com os operadores turísticos portugueses”, tinha também afirmado na quarta-feira.

Maria Helena de Senna Fernandes abordou os números obtidos, que, diz, “mostram bem esse caminho”.

“Até outubro, o número de visitantes, tanto de Portugal como da Europa em geral, registou um aumento anual na ordem dos dois dígitos, recuperando para cerca de 80% dos valores do período pré-pandemia”, referiu.

Concretamente, Macau recebeu 3,47 milhões de visitantes em outubro, mais 10,8% do que no mesmo período de 2024 e o valor mais elevado de sempre para este mês, foi hoje anunciado.

O número de turistas que passou pelo território foi o mais elevado para qualquer mês de outubro desde que a Direção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC) começou a compilar dados mensais, em 1998, ainda durante a administração portuguesa.

A região semiautónoma chinesa também já tinha registado no mês anterior um máximo histórico para setembro: quase 3,8 milhões de visitantes, mais 9,8% do que no mesmo período de 2024.

Em 17 de janeiro, a diretora dos Serviços de Turismo de Macau disse esperar entre 38 e 39 milhões de visitantes este ano.

Em agosto, Maria Helena de Senna Fernandes apontou como meta mais de três milhões de visitantes internacionais em 2025.

Nos primeiros 10 meses do ano, Macau recebeu quase 2,97 milhões de turistas vindos do estrangeiro, mais 14,9% do que no mesmo período de 2024.


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