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‘Made in China’: hardware com dispositivos de espionagem gera polémica nos EUA

Depois da reportagem publicada na semana passada sobre hardware com dispositivos de espionagem, a Bloomberg descobriu que não foram só as motherboards a serem alteradas.
10 Outubro 2018, 16h55

De acordo com uma nova notícia da Bloomberg, que cita fontes identificadas, em Agosto, uma grande operadora de telecomunicações americana descobriu um chip de espionagem implantado num dos seus servidores. Esta é a primeira vez que uma fonte se identifica neste caso desde que a reportagem original foi publicada na semana passada. A reportagem dava conta que espiões chineses conseguiram instalar hardware de espionagem em servidores de 30 grandes empresas tecnológicas americanas.

Neste desenvolvimento, a empresa de telecomunicações descobriu que uma das tomadas de rede do servidor continha um chip que dava acesso completo ao tráfego que passava pelo servidor e pela rede desse operador de telecomunicações. O caso de manipulação do hardware foi detectado e denunciado por Yossi Appleboum, um profissional de segurança que antes já tinha passado pelo exército israelita. Nenhum dos técnicos da empresa de telecomunicações conseguiu ainda saber a natureza da informação que passou pelo servidor afectado. A máquina em questão também foi construída pela Supermicro, o mesmo fabricante de computadores mencionado na peça original da Bloomberg.

A peça original da Bloomberg foi posta em causa, principalmente pelas empresas mencionadas, por ter sido feita com base nos testemunhos de fontes anónimas e pela impossibilidade de uma verificação independente dos detalhes contados na história. Tanto a Amazon, como a Apple, desmentiram a reportagem veementemente, o que deixou muitos no meio da segurança informática americana com dúvidas acerca da veracidade da reportagem.

A nova notícia, publicada ontem, não indica o nome da operadora de telecomunicações em questão por causa de um acordo de confidencialidade assinado por Yossi Appleboum e pela empresa.

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