O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que a economia do país cresceu “mais de 4,5%” nos primeiros três meses do ano, um resultado alcançado “apesar das novas ameaças”.
“A Venezuela, no primeiro trimestre deste ano, cresceu mais de 4,5%, apesar das novas ameaças, apesar das dores. Não dependemos de ameaças nem de ninguém”, declarou Maduro, na sexta-feira, durante a cerimónia de encerramento do “Congresso Internacional de Empresários”, organizado em Caracas.
O líder venezuelano, que tomou posse em janeiro para um terceiro mandato – após reeleição controversa -, considerou que a Venezuela pode “deixar de trabalhar a economia petrolífera” e ainda “ter motores para satisfazer as necessidades internas sem qualquer problema”.
Em março, Maduro previu que o produto interno bruto (PIB) nos primeiros três meses aumentaria “não menos de 4,5%”, indicando que a economia venezuelana acumulava 16 trimestres consecutivos de crescimento.
O Observatório Venezuelano de Finanças (OVF) disse, também na sexta-feira, que a atividade económica na Venezuela recuou 2,7% durante o primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
O OVF, organização independente do Banco Central da Venezuela (BCV), atribuiu a queda a “uma contração de 5% no setor não petrolífero”, que não pôde ser compensada pelo crescimento de 7,4% da indústria dos hidrocarbonetos.
Além disso, o relatório do observatório refere o declínio do consumo interno “como um dos principais fatores” por trás da queda do desempenho da economia local.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, decidiu em março revogar as licenças de exportação de petróleo e derivados do país caribenho para os parceiros da petrolífera estatal venezuelana PDVSA, entre os quais a espanhola Repsol, a norte-americana Global Oil Terminals, a italiana Eni, a francesa Maurel & Prom e a indiana Reliance Industries. Isto depois de ter fixado uma tarifa de 25% sobre os compradores de crude e gás da Venezuela.
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