Manuel Magalhães e Silva, advogado de Luís Filipe Vieira no âmbito da operação ‘Cartão Vermelho’, referiu este sábado, após o término do interrogatório, que não falou com o seu cliente a propósito do processo que levou à mudança de liderança no SL Benfica, tanto no clube como na SAD.
A propósito dos desenvolvimentos deste caso no dia-a-dia do SL Benfica, Magalhães e Silva referiu que, “uma vez que não houve uma palavra da direção do clube” para o seu cliente, o advogado optou por não transmitir essa informação a Luís Filipe Vieira. “Não lhe dei nota do que se passou ontem e hoje. O meu cliente sabe que, em virtude da suspensão do mandato, o vice-presidente assumiria a posição de presidente em exercício ou substituto”, concluiu.
Rui Costa assumiu a presidência da Administração da SAD do Benfica, em substituição de Luís Filipe Vieira, que pediu a suspensão de funções por estar a ser investigado no processo ‘cartão vermelho’, informou esta sexta-feira a sociedade.
“Durante esse período de suspensão, (…) desempenhará as funções de presidente do Conselho de Administração Rui Manuel César Costa, até agora vogal do Conselho de Administração, mantendo o Conselho de Administração todas as suas atribuições e competências nos termos previstos na lei e nos estatutos”, anunciou a SAD ‘encarnada’.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a sociedade do clube lisboeta revela que o Conselho Fiscal suspendeu Luís Filipe Vieira, “na sequência de um pedido que lhe foi dirigido pelo mesmo, tendo em consideração que se encontra em curso um inquérito no âmbito de uma investigação criminal que o envolve e no contexto da qual foi detido”.
Luís Filipe Vieira foi um dos quatro detidos na quarta-feira, numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado e algumas sociedades.
Segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) estão em causa factos suscetíveis de configurar “crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento de capitais”.
Para esta investigação foram cumpridos cerca de 45 mandados de busca a sociedades, residências, escritórios de advogados e uma instituição bancária em Lisboa, Torres Vedras e Braga. Um dos locais onde decorreram buscas foi a SAD do Benfica que, em comunicado, adiantou que não foi constituída arguida.
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