A Magnifinance trabalha para as empresas e é para as empresas que vai continuar a inovar na gestão financeira, controlo da tesouraria e software de faturação. A fintech portuguesa prepara-se para lançar uma aplicação móvel, no início do terceiro trimestre, na qual os gestores poderão acompanhar em tempo real, através do telemóvel, o dinheiro que segue para os fornecedores e o que entra nos seus cofres.
“Achamos que vai ajudar muito, porque muitas vezes os empresários precisam de fazer tarefas mais rápidas no smartphone. Ao início ainda não terá todas as funcionalidades e o modelo ainda está a ser acertado, mas esta app tanto poderá ser um extra para o cliente da plataforma normal ou incluído no pacote de serviços”, avançou ao Jornal Económico (JE) o CEO, Jorge Rodrigues dos Santos.
A Magnifinance, que está na lista das maiores scale-ups de Portugal em 2020, ficou conhecida por ter desenvolvido um método de reconhecimento ótico de faturas que, com fotografia tirada por smartphone, faz o preenchimento automático de todos os dados necessários para a correta contabilização das despesas, bem como a integração automática com a(s) conta(s) bancária(s) da empresa.
Em termos práticos, em que consiste a solução tecnológica desta startup? Permite, por exemplo, que um vendedor faça um orçamento diretamente no sistema, que se transmita à equipa de contabilidade os dados necessários para o seu trabalho, entre outros. É aí que se contabilizam os utilizadores ativos da Magnifinance, que hoje são mais de 9.600.
“Se sou dono de uma empresa e quero que toda a gente esteja envolvida no processo com a nossa plataforma consigo ter isso. Procuramos sempre acompanhar a exigência do cliente”, diz o CEO. Nesse grupo inserem-se organizações como a Uber, a Bird, a Zaask, a SGS ou a recrutadora Landing.Jobs.
“Startups aproveitaram este ano para se aperfeiçoarem e estarem mais atentas às mudanças”
Fundada há cerca de seis anos, a Magnifinance registou um aumento no número de clientes por causa da pandemia – comum à maioria das fintechs – e emprega hoje onze pessoas distribuídas por Portugal, no Brasil e em Espanha. Porém, Jorge Rodrigues dos Santos não pretende abandonar o escritório de Lisboa, apesar de os seus colaboradores já trabalharem em dois continentes e o confinamento ter trazido um desafio adicional aos modelos laborais – aliás, um dos maiores da sua vida.
“É uma questão relevante, porque está a ser um dos momentos mais desafiantes para a minha geração. Mas consideramos que os escritórios são muito importantes para trabalho em conjunto, na mesma sala, vermo-nos frequentemente, unidos. No online torna-se muito mais difícil porque não se toma aquele café antes de começar”, conta o empreendedor ao JE.
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