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Maior benefício da digitalização do dinheiro é ganhar tempo. “E tempo é dinheiro”, diz especialista

Carlos Gaspar, diretor de vendas da Switch, startup portuguesa de processamento de pagamentos, reconheceu que estamos cada vez mais próximos de uma sociedade ‘cashless’.
Carlos Gaspar Switch
7 Março 2020, 16h35

A digitalização do dinheiro vem trazer inúmeros benefícios para os consumidores e a economia em geral. Um dos principais é poupar tempo nas transações financeiras que efetuamos. Para Carlos Gaspar, sales director da Switch, uma startup portuguesa que desenvolveu uma plataforma tecnológica de processamento pagamentos, ganhar tempo é o principal benefício que os consumidores e as empresas terão com a digitalização do dinheiro.

“Tempo. E tempo é dinheiro”, frisou Carlos Gaspar. “Enquanto consumidor, as idas ao multibanco tornam-se desnecessárias. Podemos efectuar pagamentos com o simples tocar do cartão, do telemóvel ou do relógio. E, para as empresas, para além de proporcionarem uma melhor experiência para os clientes, têm maior controlo sobre os recebimentos, menos dinheiro ‘em caixa’ e acesso a perfis de consumidores mais jovens ou de outras nacionalidades”, adiantou o sales director da Switch.

Ainda assim a tecnologia traz perigos, como “a fraude associada aos pagamentos digitais, por exemplo, a clonagem ou roubo de cartões”, disse Carlos Gaspar que apontou, no entanto, “tem sido ativamente combatida pelas redes de cartões introduzindo métodos de autenticação cada vez mais seguros, como por exemplo, a autenticação biométrica”.

O diretor de vendas que a digitalização do dinheiro está em aceleração, ao ponto de um dia deixarmos de ter utilizar dinheiro físico. “Estamos cada vez mais perto dessa realidade. Nos dias de hoje temos bastantes soluções digitais que nos permitem pagar, transferir e emprestar de forma flexível, instantânea, segura e sem grandes custos associados. É claro que a adoção desta mentalidade cashless varia de país para país. A Suécia é um bom exemplo, onde apenas 13% dos cidadãos usam dinheiro físico”, referiu.

Com a digitalização da economia, uma das questões que se têm colocado diz respeito ao surgimento de um big brother fiscal. Uma ideia que Carlos Gaspar descartou. Concluiu que existem “mais mecanismos fiscais para controlar os contribuintes”, mas frisou que “a tecnologia evolui bastante mais rápido do que qualquer entidade fiscal. Logo, muito dificilmente, teremos um big brother fiscal”.

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