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Maior telescópio do mundo vai ter ‘dedo’ português

“É o maior telescópio ótico do mundo, com um espelho cujo diâmetro atinge os 32 metros, conseguindo por isso obter imagens com qualidade superior ao telescópio espacial Hubble”, destaca a empresa portuguesa ISQ.
29 Junho 2018, 17h51

O ISQ – Instituto de Soldadura e Qualidade está envolvido na construção do European Extremely Large Telescope (E-ELT), do European Souther Observatory (ESO).

“É o maior telescópio ótico do mundo, com um espelho cujo diâmetro atinge os 32 metros, conseguindo por isso obter imagens com qualidade superior ao telescópio espacial Hubble”, destaca um comunicado do ISQ.

De acordo com esse documento, o E-ELT implica um investimento de cerca de mil milhões de euros.

“O ISQ é o consultor na área da garantia da qualidade para a totalidade do projeto e tem uma intervenção num espectro muito abrangente de atividades. Desde o apoio na estruturação do sistema da qualidade em cada um dos eixos do projeto até ao acompanhamento do fabrico de sistemas e subsistemas”, explica o referido comunicado.

De acordo com a empresa portuguesa, a consultoria do ISQ está focada, “em concreto, nas áreas da qualidade e da segurança, análise e revisão do sistema de qualidade, com propostas de melhorias que foram largamente adotadas pela ESO (European Organisation for Astronomical Research in the Southern Hemisphere) e que fazem agora parte das especificações dos cadernos de encargos do projeto”.

A participação do ISQ na construção deste telescópio surge na sequência de uma colaboração mais vasta com a ESO em projetos como o telescópio VST, Survey Telescope, o mais recente telescópio instalado no Observatório do Paranal do ESO, concebido para mapear o céu nos comprimentos de onda do visível.

As duas entidades colaboraram também no fabrico dos crióstatos do Atacama Large Millimeter Array – telescópio de última geração que estuda a radiação produzida por alguns dos objetos mais frios do Universo, o ALMA, formado por 66 antenas, hoje instalado em Atacama, no Chile.

 O ISQ colaborou ainda na conceção e apoio à implementação do manual de segurança da sede do ESO em Garching, na Alemanha. Neste setor, destaca-se também o contributo para a construção do maior acelerador de partículas do mundo, o LHC do CERN, projeto no âmbito do qual, durante 6 anos, 26 engenheiros altamente qualificados trabalharam em 11 países da Europa.

Faz ainda parte da experiência do ISQ a sua participação na inspeção da cobertura nova da central de Chernobyl, bem como em múltiplos projetos da Agência Espacial Europeia, nomeadamente no foguete lançador ARIANE.

“O projeto, da responsabilidade da European Organisation for Astronomical Research in the Southern Hemisphere (ESO) já envolveu desde 2005 mais de 100 astrónomos de todos os países europeus, naquele que será ‘o maior olho do mundo no céu'”, conclui o comunicado do ISQ.

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