A descida dos juros que o Banco Central Europeu (BCE) iniciou no verão já se está a refletir naquilo que os bancos pagam aos clientes pelos depósitos. O setor financeiro tem vindo a cortar a rentabilidade destes produtos de poupança ao ponto de, neste momento, serem poucos aqueles que têm taxas superiores às dos Certificados de Aforro. Uma tendência que os especialistas ouvidos pelo Jornal Económico (JE) não esperam que se altere, numa altura em que ainda há muita liquidez no mercado.
Os últimos anos foram marcados por uma corrida aos Certificados de Aforro depois de a subida dos juros do BCE, com influência nas taxas Euribor, ter levado a rentabilidade destes produtos para a remuneração máxima de, à data, 3,5%. Mas, no verão do ano passado, o Governo decidiu cortar esta taxa para 2,5%. Os portugueses começaram a transferir o dinheiro para os depósitos dos bancos que passaram a pagar mais perante o aumento das taxas do banco central liderado por Christine Lagarde, ainda que o ajuste tenha sido gradual.
Agora, com a inversão da política monetária do BCE, que avançou com o primeiro corte de juros em junho, os bancos estão também a reduzir a rentabilidade das poupanças. Dos 13 bancos analisados pelo JE, há seis meses havia oito que ofereciam depósitos a prazo a um ano com um investimento mínimo de até cinco mil euros com taxas acima dos 2,5% dos Certificados, mas atualmente há apenas três bancos com ofertas mais atrativas que o produto do Estado.
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