[weglot_switcher]

Maioria dos diretores financeiros prevê impacto negativo da pandemia nas receitas e lucros de 2020

Estudo da consultora PwC concluiu que mais de metade dos CFO em Portugal (56%) está a implementar medidas de contenção de custos nas organizações.
1 Abril 2020, 16h01

As estratégias de investimento, os planos de negócio e as despesas das empresas portuguesas estão a sofrer alterações significativas devido à pandemia de Covid-19. Depois de entrevistar 91 Chief Financial Officers (CFO) em Portugal, a consultora PricewaterhouseCoopers (PwC) concluiu que a maioria (77%) espera que o novo coronavírus tenha um impacto negativo nas receitas e/ou lucros das suas empresas já este ano.

Os responsáveis financeiros (CFO) inquiridos entre os dias 23 e 25 de março acreditam que esta doença afetará o seu negócio (86%), o que lhes causa “grande preocupação”. No entanto, o maior receio dos diretores financeiros que participaram no relatório é mesmo a possibilidade de uma recessão global. É por isso que 56% admite que aplicou medidas de contenção de custos na sua organização e cerca de metade está a considerar diferir ou cancelar investimentos que estavam planeados.

“Muitas empresas lutam agora para manter a sua estabilidade financeira e operacional, à medida que enfrentam a atual crise. A confiança dos CFO numa rápida recuperação dos seus negócios parece estar globalmente a diminuir. A solvência mantém-se como prioridade diante de uma potencial desaceleração económica global e podemos esperar outras ações financeiras relevantes, destinadas a manter a resiliência dos negócios, durante a próxima semana”, afirma o sócio da PwC. António Rodrigues.

Enquanto se preparam para contas menos animadoras e uma redução de confiança dos consumidores, menos de metade (48%) prevê que o regresso à normalidade demore entre um a três meses (business as usual), de acordo com a “Covid-19 CFO Pulse Survey” da PwC.

Quais os conselhos da PwC?

  • Criar e/ou rever mapa previsional de tesouraria de muito curto prazo (por exemplo, 13 semanas)
  • Atualizar planos de negócio, orçamentos e previsões
  • Identificar potenciais cenários pessimistas
  • Realizar análises de sensibilidade, modelizar cenários pessimistas e downsides, incluindo impactos do risco cambial e a capacidade ou limitações das ferramentas de reporte e sistemas que permitam reportar em tempo real e em várias geografias
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.