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Mais de 1 milhão em ‘scouting’ sem rasto na era Bruno de Carvalho, mostra auditoria ao Sporting

Conheça as principais conclusões do documento da Bakertilly, divulgado esta quarta-feira pelo jornal desportivo “Record”. Sabia que o clube teve mais de um milhão em ‘dinheiro vivo’ em Alvalade? A consultora considera que isso “dificulta” o “controlo de tesouraria”.
António Cotrim / Lusa
10 Abril 2019, 11h46

A SAD do Sporting Clube de Portugal (SCP) investiu 1 milhão de euros em scouting sem receber relatórios, durante o mandato de Bruno de Carvalho, concluiu uma auditoria da Bakertilly divulgada na edição desta quarta-feira (10 de abril) do jornal desportivo “Record”.

A passagem à lupa da contabilidade do clube de Alvalade revelou que o departamento de scouting teve despesas que “ascenderam a cerca de 3,426 milhões de euros”, mas não há sinais de relatórios de 1,025 milhões de euros. Além disso, foram encontradas “deficiências” no interior desta equipa.

A auditoria forense foi entregue à direção dos ‘leões’ e tem 256 páginas, nas quais é feita uma radiografia aos atos de gestão do Sporting desde 2013, aos custos por jogo dos atletas formados no clube, etc. O documento a que o diário teve acesso revela, por exemplo, que Jorge Jesus custou mais 20 milhões de euros e que o Sporting teve mais de um milhão em ‘dinheiro vivo’ em Alvalade, nunca tendo depositado este numerário em bancos, dificultando o “controlo de tesouraria”.

Em relação ao salário de Fredy Montero, que disparou quando o jogador regressou ao clube em janeiro de 2018, a consultora diz que não obteve “explicações suficientes que sustentem o racional que justifica os termos contratuais do segundo contrato, ou seja, um aumento tão grande na sua remuneração”. Isto porque, só nos primeiros seis meses do ano passado, Fredy Montero recebeu 1,2 milhões de euros.

Segundo o matutino do grupo Cofina, a contratação de Marcus Acuña incluiu o pagamento de 3,3 milhões de euros e não houve contrapartidas. Em causa está, por exemplo, o facto de o Racing ainda não ter faturado os 1,65 milhões de euros acordados nos contratos de transferência, sendo que o valor está registado no passivo do SCP.

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