A Ordem dos Enfermeiros recebeu mais de 3.364 pedidos de declarações para efeitos de emigração. Desde o início da pandemia que o número de pedidos tem aumentado, em 2021 foram feitos 913 pedidos enquanto que em 2022 o número passou a ser 1.221 pedidos, revelam os dados da Ordem dos Enfermeiros.
Suíça continua a ser a escolha número um dos enfermeiros portugueses, seguido de Espanha e do Reino Unido, que nem com o Brexit deixou de ser um dos países favoritos para emigrar. Os Emirados Árabes Unidos também começam a ser cada vez mais uma opção para os enfermeiros, que procuram países que lhes ofereçam melhores condições de trabalho.
Ana Rita Cavaco, bastonário da Ordem dos Enfermeiros declara à Lusa que “não emigram só recém-licenciados, emigram também pessoas como muita experiência, enfermeiros especialistas”.
Desde 2020 o número de enfermeiros que saíram do país equivalem ao número de enfermeiros formados anualmente nas escolas superiores de enfermagem. Desde 2015 inscreveram-se na Ordem de Enfermeiros cerca de 13 mil profissionais sendo que durante este período já emigraram mais de 15 mil enfermeiros.
Esta emigração acontece quando Portugal vive uma carência crónica de enfermeiros, sendo muito difícil encontrá-los no mercado. A bastonária relembra que foi apresentada uma petição à Assembleia da República “pela igualdade dos enfermeiros em contrato de trabalho em funções públicas e os enfermeiros em contrato individual de trabalho e que foi recusada”, lamenta a bastonária, e sublinha ainda que o Governo “oferece bilhetes de avião aos enfermeiros para irem embora”.
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