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Mais de 30% dos portugueses fará mais compras online depois do confinamento, diz estudo

Mais de 50% dos portugueses afirma ter realizado mais compras online durante o confinamento, consolidando o boom do eCommerce e contribuindo para a reinvenção do comércio tradicional. Uma tendência que parece ter vindo para ficar depois do confinamento, , com 32% dos portugueses afirmou que planeia fazer as suas compras de forma online com mais frequência do que antes, revela “Estudo MARCO: Hábitos de Consumo Pós Covid-19”.
3 Junho 2020, 07h25

O boom do e-Commerce parece ter vindo para ficar depois do confinamento. Mais de 50% dos consumidores portugueses afirma ter realizado mais compras online durante este período de crise. Esta tendência também foi relevante na América Latina (65%), na Espanha (60%) e, de forma especialmente destacada em Itália (81%). Na fase de desconfinamento, 32% dos portugueses admite que fará mais compras online. As conclusões são da consultora de comunicação MARCO e constam no “Estudo MARCO: Hábitos de Consumo Pós Covid-19” que tem por base um questionário internacional entre mais de 4.500 pessoas de Espanha, Itália, Portugal, México, Colômbia e Brasil.

“O início do desconfinamento ao nível nacional é o primeiro passo para a “nova normalidade”. Esta fase será marcada por importantes mudanças adotadas pelos cidadãos portugueses e no resto dos países afetados pela Covid-19”, avança em comunicado a consultora de comunicação MARCO que sinaliza que uma das principais conclusões do “Estudo MARCO: Hábitos de Consumo Pós Covid-19” aponta que 76% dos cidadãos dos países em questão mudaram definitivamente os seus hábitos de consumo.

Segundo o estudo da consultora com sede em Madrid, divulgado nesta terça-feira, 2 de junho, o boom do e-Commerce parece ter vindo para ficar depois do confinamento. Mais de 50% dos consumidores portugueses afirma ter realizado mais compras online durante este período de crise. Esta tendência também foi relevante na América Latina (65%), na Espanha (60%) e, de forma especialmente destacada em Itália (81%).

“Depois do confinamento, 32% dos portugueses afirmou que planeia fazer as suas compras de forma online com mais frequência do que antes”, conclui o “Estudo MARCO: Hábitos de Consumo Pós Covid-19”, adiantando que, contudo, esta percentagem é a mais baixa em comparação às outras regiões e países analisados: países Latino-americanos (51%), Espanha (40%) e a Itália (82%).

“Consequentemente, este crescimento tem um impacto no setor retalhista. Assim sendo, a tendência será uma maior aposta nas vendas e marketing online. Haverá também consequências na adaptação do novo modelo de logística para os retalhistas”, sinaliza o estudo.

Televisão foi o canal de informação privilegiado durante o confinamento

Já sobre os canais de informação, o estudo conclui que durante o confinamento, 85% dos portugueses optou por manter-se informado através da televisão. 67% escolheu a imprensa online, e 47% assinalou o Facebook também como fonte de informação. Só depois elegeram a rádio e Whatsapp (18% cada), Imprensa offline (5%) e LinkedIn (2%).

Por outro lado, adianta o “Estudo MARCO: Hábitos de Consumo Pós Covid-19”,  também foi possível analisar as preferências dos portugueses em termos de plataformas e opções de entretenimento durante a quarentena. Assim, 83% dos portugueses afirmou que durante este período conseguiu ver mais TV do que antes, 54% referiu poder dedicar mais tempo do que antes à Netflix, e 34% disse ter-se ocupado mais com videojogos. Já 15% disse ter tido mais possibilidade de ver HBO e 5% a Amazon Prime Video.

Controlo dos meios de comunicação e redes sociais

Segundo os dados do ‘Estudo MARCO: Hábitos de Consumo Pós COVID-19’, a perceção de censura e controlo dos meios de comunicação e redes sociais desde o início da crise é diferente de região para região. Enquanto em Portugal apenas 30% dos portugueses acredita que há controlo dos meios e redes sociais, em Itália e no Brasil esta percentagem já se situa nos 40% e 47%, respetivamente. E em países de língua oficial espanhola, o sentimento de que existe um controlo e censura aumenta, com o “sim” a ultrapassar mais de metade das respostas: Espanha (54%), México (59%) e Colômbia (61%).

Outra conclusão do estudo aponta para que mais de metade dos portugueses (53%) admite não concordar com o regresso às aulas presenciais para estudantes em anos letivos específicos, como é o exemplo dos alunos dos 11.º e 12.º anos de escolaridade, enquanto os restantes alunos permanecem em regime de escola virtual.

E ao nível do turismo, “87% dos portugueses vão preferir optar por destinos nacionais para as próximas férias”.

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