O mercado imobiliário em Portugal tem observado um crescimento exponencial nos últimos anos, com perto de 20 mil empresas criadas há menos de cinco anos. Só em 2023, o setor registou um aumento de 16% no volume de negócios, mantendo a tendência positiva que se verifica desde 2013, segundo a análise da Iberinform.
De acordo com dados do Insight View, Lisboa e Porto são os distritos que apresentam maior número de novas empresas imobiliárias, onde a média de risco de incumprimento é elevada.
“Tendo em conta o crescimento registado no número de empresas e a evolução positiva do volume de negócios, vemos que, ainda assim, o número de empresas com um risco elevado é próximo de um terço, mas a maioria (58%) tem um risco médio e apenas 11% apresentam uma situação de baixo risco”.
Segundo a Iberinform, o mercado é largamente dominado por microempresas que representam cerca de 94% do total. A segunda fatia com mais peso é a das pequenas empresas, que compõem cerca de 6%, com as médias e grandes empresas a representar menos de 1% do total. Verifica-se, ainda, que quanto maiores são as empresas, menor é o risco associado.
“No que toca à antiguidade, observamos que 44% das empresas do setor imobiliário foram criadas há menos de cinco anos, intervalo que representa a maior fatia do mercado”, realça a filial da Crédito y Caución.
Entre os seis e os 10 anos encontram-se 23% das empresas, enquanto o intervalo dos 11 aos 15 anos representa apenas 9% do total. As empresas com 16 ou mais anos de atividade representam 24% do setor.
“Quanto mais anos de atividade a empresa possui, menos é o risco de crédito associado”, sublinha a Iberinform.
Quanto à distribuição geográfica, Lisboa continua a ser o epicentro do setor imobiliário nacional, com 39% das empresas sediadas na região, seguida pelo Porto (19%), Braga (8%), Faro (6%) e Setúbal (5%). As restantes regiões do país representam 23% das empresas do setor. No que se refere ao risco de crédito por distrito, é possível observar, segundo o risco de incumprimento do Insight View, que a média por distrito é bastante semelhante entre os que possuem maior representatividade por número de empresas.
Já na gestão do fluxo de caixa, “verificou-se um aumento tanto nos prazos de recebimentos como nos de pagamentos, respetivamente de 33 para 34 dias e de 74 para 77 dias, invertendo a tendência dos últimos três períodos económicos, onde a evolução tinha sido no sentido de baixar o número de dias em ambos os indicadores, evidenciando uma dificuldade acrescida na gestão do fluxo de caixa”.
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