A greve dos professores marcada para dia 21 ocorre no mesmo dia em que se realizam três exames nacionais do ensino secundário, para os quais estão inscritos mais de 76 mil alunos.
Segundo as estatísticas provisórias do Júri Nacional de Exames, reveladas ontem pelo Ministério da Educação, há precisamente 76.094 inscrições para os exames nacionais de Física e Química A, Geografia A e História da Cultura e das Artes, que se realizam às 9h30 do dia 21 de junho.
Os exames finais nacionais começam dia 19 de junho e terminam a 27, com um total de 352.179 inscrições, sendo o dia da greve dos professores o segundo a registar o maior número de alunos inscritos.
O dia mais concorrido é 26 de junho, com os exames de Alemão, Biologia e Geologia, Economia A, Espanhol, Francês e Inglês, para os quais há 76.759 inscrições.
Os dados mostram que há 161.306 alunos inscritos para um total de 356.995 exames, o que dá uma média de 2,21 exames por aluno. A média etária dos alunos é de 17,32 anos.
No dia da greve realizam-se ainda as provas de aferição do 2º ano (Matemática e Estudo do Meio), que abrangem todos os alunos desse ano letivo e cujo número não se conhece. O Jornal Económico questionou o Ministério da Educação mas até ao momento não obteve resposta.
A greve dos professores foi convocada pela Fenprof e pela FNE e em causa estão matérias como o descongelamento das progressões na carreira, horários de trabalho e um regime especial de aposentação para os professores.
Os efeitos da greve poderão, no entanto, ser suavizados já que a Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas prevê serviços mínimos quando estão em causa exames ou provas nacionais.
O dirigente da Fenprof, Mário Nogueira, já disse que a estrutura sindical não vai alterar o dia da greve, mesmo que o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, decida mudar o dia dos exames em causa.
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