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Mais de cinco mil funcionários da Autoridade Tributária sofrem agressões

Mais de metade dos trabalhadores da Autoridade Tributária já sofreu agressões físicas ou verbais. Penas para quem agredir funcionários vão ser agravadas a partir de abril.
21 Março 2025, 07h10

Mais de metade dos trabalhadores da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), num universo de mais de 10.400 funcionários, já sofreu agressões físicas ou verbais. Esta é uma notícia avançada esta sexta-feira na edição de fim-de-semana do JE.

A revelação é feita ao JE pelo presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Inspeção Tributária e Aduaneira (APIT), que dá conta que, a partir de abril, inspetores tributários e aduaneiros e trabalhadores do fisco nos Serviços de Finanças e nas lojas de cidadão passarão a estar a coberto do reforço de penas para crimes de agressão contra forças de segurança e outros agentes de serviço público.

Agressores arriscam a partir de abril penas de prisão de 1 a 4 anos, dispensando-se funcionários da AT de apresentar queixa para que seja aberto um procedimento criminal, segundo a nova lei, publicada nesta quarta-feira em Diário da República.

Para Nuno Barroso a nova lei “vem reconhecer a essencialidade das funções desempenhadas pelos trabalhadores da AT”, nomeadamente o risco acrescido associado às funções de inspeção, investigação criminal e de interação com o público, e “a necessidade de agravar as penalizações legais associadas a agressões, ofensas e desobediência”, a que se junta a isenção de custas em eventuais processos penais.

Segundo este responsável, o trabalho desenvolvido pelos trabalhadores da AT, e dando a APIT uma especial incidência às funções desempenhadas por Inspetores e Investigadores Criminais Fiscais e Aduaneiros, “é alvo frequente, mesmo constante, de agressões e tentativas de agressões, de ofensas, de desobediência e de tentativa de condicionamento do exercício das suas funções”.

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