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Mais de metade das empresas nacionais considera ter “tido sorte” em sobreviver ao impacto da pandemia

A perspectiva de uma desaceleração económica também se reflete no estudo da Intrum, com 62% das empresas europeias a afirmar que uma recessão pode estar iminente no seu país, valor superior aos 56% que afirmaram o mesmo em 2020.
  • Jason Reed/Reuters
15 Outubro 2021, 18h45

Mais de metade das empresas portuguesas que sobreviveram aos impactos da Covid-19 admite ter “tido sorte”, uma percentagem que ultrapassa a média europeia que se fica pelos 49%.

Segundo os dados divulgados, esta sexta-feira, pela Intrum, em Portugal, 51% das pequenas e médias empresas (PME) e 50% das grandes empresas reconhece esse feito numa altura em que o Orçamento do Estado para 2022, apresentado esta semana, contém várias medidas para continuar a apoiar e incentivar as empresas para que recuperem do impacto que a Covid-19 causou nas suas receitas e investimentos.

Na verdade, o documento apresentado para o Governo “prevê um novo incentivo fiscal à recuperação, de forma a dar um apoio suplementar às empresas para investirem no sentido da recuperação e da sua capitalização”, relembra a Intrum.

Executivos europeus preveem um clima de incerteza para os próximos anos

A perspetiva de uma desaceleração económica também se reflete no estudo da Intrum, com 62% das empresas europeias a afirmar que uma recessão pode estar iminente no seu país, valor superior aos 56% que afirmaram o mesmo em 2020. Em Portugal, os inquiridos que afirmam que o país já entrou em recessão ou que ela está eminente, sobe para 69%, menos 7 pontos percentuais (p.p) que em 2020.

Quanto à estabilidade económica, a Intrum revela que “os executivos de toda a Europa preveem um clima de incerteza para os próximos anos” e que só a partir de 2022 e 2023 é que “cerca de metade” vê uma retoma à a normalidade. Em Portugal, este valor sobe para 51%.

A nível sectorial, a banca e as sociedade financeiras (36%) e o sector dos transportes (63%) acredita que os seus negócios voltarão à normalidade entre um a dois, um cenário que não se verifica nos sectores de energia, extração mineira e utilities (50%), imobiliário e construção (56%) e serviços empresariais (34%) que acreditam que a recuperação será entre os seis meses a um ano.

O estudo da consulta demonstra ainda que, como resposta à crise da Covid-19, 13% das PME e 17% das grandes empresas tiveram de tomar medidas que não seriam concretizadas caso a pandemia não existisse, nomeadamente o cancelamento ou adiamento de investimentos estratégicos.

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