As 500 pessoas mais ricas do mundo já perderam um total de 1,4 biliões de dólares (1,3 biliões de euros) este ano, incluindo 206 mil milhões de dólares (197,4 mil milhões de euros) só na segunda-feira, 13 de junho, segundo o ‘Bloomberg Billionaires Index’, à medida que os mercados financeiros lidam com o peso das taxas de juros mais altas e com a inflação.
Os números deste ano revelam um forte contraste com 2021, quando os mercados, em alta, aumentaram a população mundial de indivíduos de alto património líquido em 8%, de acordo com o relatório ‘World Wealth’, elaborado pela Capgemini, divulgado esta terça-feira.
Os dados revelam que as fileiras dos ricos na Ásia-Pacífico aumentaram apenas 4,2% – atrás da Europa e ainda mais atrás da América do Norte após dominarem o crescimento dos ricos na última década.
A repressão da China às empresas de tecnologia e o arrefecimento do mercado imobiliário foram, em parte, a causa, mas também reflete os ganhos no mercado de ações dos EUA, que ajudaram a inflacionar tudo, desde criptomoedas a valores de propriedades. Agora, à medida que a inflação dispara, os ganhos estão a ser revertidos, em muitos casos para valores ainda mais baixos, gerando preocupações à cerca da intensidade com que a Reserva Federal aumentará as taxas de juro.
Ainda assim, o relatório da Capgemini ilustra o quanto a pandemia de Covid-19 e a resposta monetária beneficiaram a elite económica e onde residem predominantemente. Os EUA, Japão, China e Alemanha permanecem entre os principais países onde vive a maioria dos ricos do mundo — os quatro países abrigam quase 64% dos indivíduos de alto património líquido em todo o mundo.
Adicionalmente, mesmo entre os indivíduos de alto património líquido do mundo, os mais ricos viram maiores benefícios. Pessoas com ativos para investir 30 milhões de dólares (28,7 milhões de euros) ou mais viram a sua riqueza crescer 9,6% em comparação com 2020, o ritmo mais rápido entre as fortunas estudadas pelo relatório.
O relatório também destaca como as mulheres em todas as faixas etárias devem herdar 70% das fortunas globais nas próximas duas gerações. A enorme riqueza criada a partir de avaliações recorde de empresas de tecnologia e startups também deu origem a indivíduos mais jovens e ricos, inclusive no espaço dos criptoativos.
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