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Mar adentro: na lota o preço desce, na loja sobe

Do pescado português, mais de 39 mil toneladas seguem para Espanha. Para combater o aumento das importações, o preço sobe nas lojas, mas na lota continua pequeno como a sardinha. Apesar da quebra do preço na lota, a enguia continua a ser o peixe com o preço mais elevado. Sardinha está dentro da média.
25 Junho 2019, 13h30

Os portugueses consomem sardinha como ninguém, mas nem só da sardinha vive o povo português, nomeadamente os que se dedicam à pesca.

Ao longo dos anos verifica-se uma tendência: enquanto o valor médio dos diversos peixes aumenta, o número de capturas diminui drasticamente. Uma das afirmações mais ouvidas quando chega o tempo quente, e este convida a um peixe no carvão, é que “o peixe está caro”. E a afirmação é capaz de passar no polígrafo, pois grande parte dos preços dos peixes capturados em 2018 ficaram mais caros.

No entanto, enquanto em 2017 a enguia estava a ser vendida a 158,94 euros ao quilo, em 2018 este valor fixou-se em 74,09 euros. E o mesmo se verificou com a dourada e atum, que viram os preços descer alguns cêntimos.

Apesar de Mário Centeno reafirmar que está tudo bem com o país, o mesmo não se verifica na balança comercial piscatória. As exportações representaram 1.118 milhões de euros, mas o valor das importações continua a ser superior, com 2.193 milhões de euros. Esta diferença desequilibra a balança comercial.

Dos principais destinos de exportação, Espanha é o que mais se destaca, recebendo mais de 39 mil toneladas. Dentro da UE, Itália e França também sobressaem, com 993 e 835 toneladas, respetivamente. No que toca aos restantes mercados, Angola, Canadá e os EUA estão praticamente ao mesmo nível.

Com o mar frio de Sesimbra a liderar o número de capturas, Matosinhos segue-lhe os passos, e Aveiro ainda se consegue colocar no pódio.

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