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Marcas de luxo sofrem em bolsa com fraco crescimento económico da China

A economia chinesa cresceu abaixo do esperado no segundo trimestre e soaram os alarmes nos gabinetes de crise de muitas empresas de luxo cotadas com a penalização das ações em bolsa.
16 Julho 2024, 12h24

O fraco crescimento da economia chinesa e a fraca procura vinda deste país asiático tem penalizado várias marcas de luxo, que já viram os seus resultados trimestrais descerem e por isso reduziram o outlook do ano.

A economia chinesa cresceu abaixo do esperado, apenas 4,7% no segundo trimestre, segundo os dados divulgados na passada segunda-feira. Este valor foi inferior ao registado no semestre passado.

Algumas das razões dadas para este fraco crescimento passam pela fraca procura dos consumidores e a redução das despesas públicas do país.

Este fraco crescimento não está apenas a afetar o país, mas também as perspectivas de vendas de muitas marcas de luxo (que depositam no mercado chinês grande parte das suas expectativas) que já viram as suas ações caírem.

Um dos maiores desafios para estas marcas é a retração da procura chinesa, depois de um boom de gastos pós-pandemia. Esta situação já forçou algumas marcas a reduzir os preços na China e a transferir stocks não vendidos.

A Hugo Boss foi uma das marcas que já baixou o seu outlook do ano, depois de apresentar resultados abaixo do esperado, penalizados pela fraca procura chinesa. A marca alemã viu também as suas ações caírem 10%, mas não foi a única, a marca de relógios Swatch também apresentou uma queda nas suas vendas, com uma descida na procura na China.

A Burberry foi outra marca que também registou uma queda de 18% nas suas ações. A empresa apresentou uma descida de 22% na receita, tendo sido penalizada por uma queda de 21% na procura na China.

Na segunda-feira foram várias as marcas que estiveram sob pressão, depois de ser revelado o crescimento da economia chinesa. A marca Kering caiu 5%, a Richemont desceu 4% e o grupo LVMH derrapou 2,7%.

A maioria das marcas de luxo considera que este é um ano “desafiante” a nível macroeconómico e geopolítico, e um ano com muitas incertezas. No entanto, a fraca procura da China não ajuda aos resultados das empresas.

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