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Marcelo considera “imparável” cooperação entre Portugal e Cabo Verde

Com o segundo mandato a chegar ao fim, Marcelo Rebelo de Sousa faz as contas: “em 10 anos devo ter estado por cá cerca de 20 vezes”, nos mais diversos eventos, “como os presidentes de Cabo Verde passaram a vida em Portugal”.
Marcelo Rebelo de Sousa
5 Julho 2025, 19h30

O Presidente da República classificou este sábado como “imparável” a cooperação entre Portugal e Cabo Verde, depois de o homólogo do arquipélago ter designado a relação como “farol de entendimento”, durante as comemorações dos 50 anos de independência, na Praia.

“Em todas as áreas, a cooperação foi impressionante” na construção do país, “em termos de financiamento e de apoio setorial, área a área, e multiplicou-se já no novo século, com os diversos governos. É imparável”, referiu Marcelo Rebelo de Sousa, após a sessão solene no parlamento e antes de uma parada militar.

“Criámos uma parceria que é verdadeiramente única, singular, nos dois sentidos”, com mais de 20 mil portugueses nas ilhas e mais de 50 mil cabo-verdianos em Portugal.

São diásporas unidas quando se encontram no exterior, tal como os dois estados agem “em conjunto nas organizações internacionais: estamos sempre acertados”, resumiu.

Com o segundo mandato a chegar ao fim, Marcelo Rebelo de Sousa faz as contas: “em 10 anos devo ter estado por cá cerca de 20 vezes”, nos mais diversos eventos, “como os presidentes de Cabo Verde passaram a vida em Portugal”.

O arquipélago celebrou este sábado 50 anos de independência, proclamada no Estádio da Várzea (atual baixa da cidade da Praia) a 05 de julho de 1975 e colocando termo ao regime colonial português no arquipélago.

O programa de celebrações decorreu na capital e além da sessão solene no parlamento incluiu um desfile militar e uma sessão evocativa com intervenções de alguns dos chefes de Estado visitantes (Portugal, Guiné-Bissau, Senegal e Luxemburgo).

Ao mesmo tempo, um programa cultural alargado inclui exposições, conferências e espetáculos musicais com dezenas de artistas em diferentes pontos da cidade.

Relação com Portugal “é farol de entendimento”

O Presidente cabo-verdiano enalteceu hoje os 50 anos de independência do país, ao encerrar a sessão solene da Assembleia Nacional, em que classificou a relação com Portugal como um “farol de entendimento”.

“A exemplaridade das nossas relações bilaterais marcadas por uma cooperação multidimensional, por uma amizade genuína entre os nosso povos e pelo acolhimento digno da vasta comunidade cabo-verdiana, constitui, num mundo incerto e volátil, um farol de civilidade e entendimento”, referiu o chefe Estado, no salão nobre do parlamento, com Marcelo Rebelo de Sousa na plateia – um dos quatro chefes de estado presentes nas comemorações.

“Festejamos 50 anos de riqueza material, mas também imaterial, pois a nossa autoestima também aumentou. Além dos progressos materiais e económicos celebramos o florescimento da nossa cultura”, disse José Maria Neves, ao apontar para as conquistas nas artes e desporto, depois de enumerar diversos avanços.

Uma história de “resiliência e progresso” que “assentam também na diáspora”, parte dela a residir em Portugal.

Cabo Verde consegue servir de exemplo para várias partes do mundo graças ao pluralismo partidário, alternância no poder, poder local e estabilidade – todos os governos concluíram os seus mandatos –, apontou o Presidente cabo-verdiano.

Mesmo assim, boa parte da sua intervenção foi no sentido de se consolidar a maturidade democrática do país, envolvendo os cidadãos.

Cabo Verde tem mais de 60% da população com menos de 30 anos, um indicador “extraordinário”, mas “é preciso emprego digno”, acrescentou, para os jovens estarem “na dianteira”, para que a data de hoje marque o início “de mais 50 anos de progresso e realizações”.

O arquipélago celebra meio século de independência, proclamada no Estádio da Várzea (atual baixa da cidade da Praia) a 05 de julho de 1975 e colocando termo ao regime colonial português no arquipélago.

O programa de celebrações decorre na capital e além da sessão solene no parlamento, incluiu ainda um desfile militar e uma sessão evocativa com intervenções dos quatro chefes de Estado visitantes (Portugal, Guiné-Bissau, Senegal e Luxemburgo).

Ao mesmo tempo, um programa cultural alargado inclui exposições, conferências e espetáculos musicais com dezenas de artistas em diferentes pontos da cidade.

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