O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu hoje, em Coimbra, uma visão coletiva para o futuro do Turismo, que junte o Estado e o setor privado.
“É necessário que os agentes privados e os poderes públicos tenham uma visão coletiva a médio prazo. Os privados sabem que a retoma da atividade turística requer um horizonte a vários anos. É bom que Estado partilhe essa necessidade de uma visão a médio e longo prazo para o turismo”, referiu Marcelo Rebelo de Sousa, durante a sessão de encerramento da Cimeira do Turismo, que assinalou o Dia Mundial do Turismo.
“Os próximos meses vão ser de transição, difíceis para os empresários. Por isso, não podemos perder tempo. O tempo que perdemos hoje, perde-se irremediavelmente. Portugal não vai perder tempo: vamos vencer mais esta batalha”, acrescentou o Presidente da República.
O Chefe de Estado confessou ainda que não gostava de terminar o seu segundo mandato sem haver uma decisão tomada quanto à localização do novo aeroporto.
O Presidente da República defende a expressão reconstrução para o processo de retoma da economia pós pandemia, em vez de recuperação, e sublinha que a “ideia não é regressar ao que era antes da pandemia“, mas, antes, fazer “mais e melhor” com base nas lições aprendidas durante este período de crise.
Já o presidente da Confederação do Turismo, Francisco Calheiros, citou Winston Churchill, para desafiar o Estado a ser mais eficaz nos apoios à retoma do sector “não adianta dizer: ‘Estamos a fazer o melhor que podemos’. Temos que conseguir o que for necessário”. O presidente da CTP diz que “os apoios inerentes aos programas e investimentos já aprovados e anunciados pelo Governo (e que merecerão especial atenção nesta conferência) têm de chegar rapidamente às empresas”, para além de defender que “o apoio à capitalização das empresas, fortemente abaladas por meses consecutivos de ausência de atividade, é urgente e deve ser imediato”.
Pedro Machado, presidente da Turismo Centro de Portugal, foi também um dos participantes na cimeira, tendo integrado o painel “Plano Turismo + Sustentável 2020-2023”, juntamente com Pedro Norton de Matos, fundador do Greenfest. Na sua intervenção, Pedro Machado destacou que “é particularmente relevante que Portugal queira posicionar-se como um dos destinos mais sustentáveis do mundo a nível do turismo”. “Estamos a ter hoje um papel relevantíssimo na gestão da sustentabilidade, quer económica quer do ambiental, social e cultural”, disse.
“A sustentabilidade não é só a economia circular ou a eficiência energética. A satisfação das comunidades que recebem a atividade turística também é sustentabilidade. A atividade turística gera felicidade para aqueles que viajam, mas tem também de gerar valor para as comunidades que a recebem. Porque, afinal de contas, a experiência turística acontece no território, numa comunidade”, acrescentou Pedro Machado.
A Confederação do Turismo de Portugal voltou a assinalar o Dia Mundial do Turismo, desta vez com a realização de uma conferência no Convento de S. Francisco, em Coimbra, subordinada ao tema “Retomar o Crescimento”.
Entre os participantes esteve também António Brochado Correia, territory senior partner da PwC; Beatriz Freitas, presidente do Banco Português de Fomento; Manuel Castro Almeida, advogado e consultor; Fernando Alfaiate, presidente da Estrutura de Missão “Recuperar Portugal”; e Miguel Maya, presidente da Comissão Executiva do Millenium BCP.
Antes da sessão de encerramento, num painel com o tema “o Papel da Aviação na Retoma do Turismo”, participou José Luís Arnaut, presidente da ANA – Aeroportos de Portugal, e Christine Ourmiéres-Widener, CEO da TAP.
A presidente da TAP Ourmières-Widener defendeu que a prioridade da transportadora para o Verão será consolidar os mercados onde já está posicionada, nomeadamente Brasil, América do Norte e África.
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