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Marcelo diz que “crises políticas nos próximos anos não fazem sentido” e critica atrasos no novo aeroporto de Lisboa

“Não pensava que se alongasse tanto. Esperava um prazo mais curto. Como em tudo na vida, o adiamento de decisões só as complica”, alertou o Presidente da República, um dia depois das eleições autárquicas.
  • Cristina Bernardo
27 Setembro 2021, 19h32

O Presidente da República reagiu esta segunda-feira ao resultado das eleições autárquicas de domingo, recusando comentar as percentagens obtidas pelos partidos, mas alertando, como tem vindo a fazer, para a necessidade de estabilidade política para se conseguir fechar o Orçamento do Estado.

“Estamos numa legislatura que termina em 2023. Estamos a começar a aplicar fundos europeus, o Plano de Recuperação e Resiliência, os fundos europeus que são ainda mais importantes de orçamento do Estado ano após ano até 2027”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, um dia depois de votar em Celorico de Baixo.

“Crises políticas nos próximos anos não fazem sentido. Naquilo que depender do Presidente da República importa que haja orçamento para o ano que vem e para 2023”, referiu o Presidente aos jornalistas, à margem da conferência “Retomar o Crescimento”, organizada pela CTP, que se realizou em Coimbra para celebrar o Dia Mundial do Turismo.

O Chefe de Estado criticou ainda os atrasos no processo de construção do novo aeroporto de Lisboa, pouco mais de uma semana depois de a “TVI” noticiar que o Tribunal de Almada arrasou a opção do Montijo, defendida pelo Governo, com a sentença de que nunca deveria ter tido ‘luz verde’ da Agência Portuguesa do Ambiente.

“Não pensava que se alongasse tanto. Esperava um prazo mais curto. Como em tudo na vida, o adiamento de decisões só as complica. Qualquer decisão é sempre preferível que seja tomada antes”, destacou Marcelo Rebelo de Sousa, advertindo que se partiu do princípio de a pandemia reduziu o número de turistas sem pensar que o sector poderá retomar o crescimento e os problemas perpetuarem-se.

Em relação à economia portuguesa, penalizada pela crise sanitária, Marcelo Rebelo de Sousa reforçou a ideia de que é importante retirar “lições” do impacto da Covid-19. “A ideia não é regressar ao que era antes da pandemia. É fazer, para o futuro, mais e melhor com as lições da pandemia. Já tenho dito várias vezes: prefiro a expressão reconstrução económica e social a recuperação”, frisou.

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