A pouco mais de mês e meio das eleições presidências, marcadas para 24 de janeiro, são para já oito os pré-candidatos ao cargo ocupado por Marcelo Rebelo de Sousa.

Faltam, pois, uns, escassos 20 dias para a formalização no Tribunal Constitucional (TC) e, apesar de já contar com o apoio do seu partido de sempre, o PPD/PSD, Marcelo Rebelo de Sousa tem vindo a adiar o anúncio formal da sua recandidatura, que só deverá ocorrer na próxima semana (a dias da formalização no TC), após o início de um novo estado de emergência nacional, que abarcará os períodos de Natal e de passagem de ano.

Marcelo Rebelo de Sousa não se desviará da sua intenção de uma campanha minimalista, sem quase qualquer logística, cumprindo só e apenas os requisitos formais, com um calendário eleitoral que, no mínimo, já o é apertadíssimo.

Tudo por causa da pandemia e da segunda vaga que tem sido devastadora em Portugal, com o país mergulhado e refém de uma crise sanitária, económica e social. Foram várias as vozes que defenderam o possível adiamento das presidenciais, mas o presidente, com os seus 71 anos e plena vitalidade, rejeitou invocando prazos constitucionais. Será assim, estou certo, para a semana, que anunciará ao país a sua recandidatura, voltando a pedir a confiança dos portugueses, a quem se esforçou para dar “afeto” durante grande parte deste primeiro mandato.

Haverá quem não tenha apreciado este mandato presidencial, mas a verdade é que nunca houve um presidente que tenha deixado um cunho tão forte de proximidade e se tenha empenhado tanto em resolver os problemas das instituições, da economia, dos cidadãos.

Não tenho dúvidas de que, neste momento, este é o candidato que o país precisa e o único que trará maior estabilidade, garantias de equilíbrio e a tão necessária unidade nacional, no quadro de crise que Portugal e o mundo atravessam. Os demais candidatos representam projetos pessoais ou de rutura, que nenhum beneficio trariam a Portugal.

Com Marcelo Rebelo de Sousa nada é deixado ao acaso. Consegue muitas vezes marcar a agenda do país, pondo o governo a trabalhar para encontrar soluções ou dando sinais, condicionando pelo bem as posições futuras, obrigando à ação. E mesmo podendo não estar de acordo com tudo e com algumas posições políticas que protagonizou, o seu mandato é francamente positivo.

Portugal necessita de estabilidade com proximidade, ponderação com moderação, para a superação desta crise pandémica. O que precisamos agora é de uma figura que mobilize a nação para os desafios que os problemas sanitários nos trouxeram, consiga sobrepor-se às estratégias partidárias da esquerda, ou aos projetos de ambição pessoal radicais, que dividem em vez de unir, criando ainda mais fraturas difíceis de sanar.

Já em março de 2019, num artigo que assinei nesta tribuna do Jornal Económico, intitulado “O Presidente do Povo”, me referi ao facto de que “uma coisa parece certa: nos próximos sete anos [agora cinco], não teremos novo Presidente, e ainda bem.” Portugal precisa de novo de um Presidente atuante, próximo, que contrabalance as derivas de esquerda deste Governo e que consiga sempre colocar o país em primeiro lugar.