O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse esta terça-feira que Portugal precisa de mais crescimento económico sustentável e salientou que não apostar em metas ambiciosas a longo prazo não permite ao país preparar-se para os “infortúnios” que poderão chegar.
“Importa haver mais e mais crescimento sustentável económico, porque este não chega”, disse na sessão de encerramento do congresso “Portugal: crescimento ou estagnação? A resposta está nas empresas”, organizado pela CIP – Confederação Empresarial de Portugal, no Estoril.
O Chefe de Estado defendeu que o país precisa de “melhor balança externa”, assim como “maior produtividade e portanto maior competitividade”. “Como há consenso de finanças sãs e essas finanças alicercem o crescimento sustentável, havendo estes consensos é preciso que as instituições todas elas saibam proporcionar estabilidade”, acrescentou.
O Presidente da República realçou a importância da iniciativa privada, considerando que “sem iniciativa privada forte e fortememente social nunca conseguiremos ombrear com os países mais avançados do mundo”, ao mesmo tempo que apelou a que os dirigentes das confederações empresariais “não se afastem um minuto que seja das vossas bases: as micro-pequenas empresas que são uma rede empreendedora do nosso tecido social”.
Para Marcelo Rebelo de Sousa “é insensato não apostar em metas mais ambiciosas”, já que estas permitiriam responder aos “infortúnios” que aparecerão.
Também no discurso de encerramento do congresso organizado pela confederação patronal, o presidente da CIP, António Saraiva, disse que a resposta para o atual abrandamento económico mundial passa pelas empresas, apelando a alterações de natureza mais profunda.
“Será na aposta nas empresas que poderemos encontrar, agora, soluções para inverter o atual abrandamento económico e abrir perspetivas para um futuro mais próspero para Portugal”, disse António Saraiva. Para o ‘patrão’ dos patrões “se continuarmos no mesmo rumo, não podemos esperar melhores resultados”.
“Se olharmos para as projeções macroeconómicas, também não podemos ficar satisfeitos. As mesmas apontam para uma tendência de abrandamento da atividade económica que nos conduzirá, senão à estagnação, a um crescimento anémico, muito longe do que é a nossa ambição”, vaticinou.
António Saraiva defendeu assim que a resposta para o futuro “está nas empresas, individualmente, mas também coletivamente, através do associativismo”.
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