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Marido de Isabel dos Santos acusa Rui Pinto de ser “braço armado do complot” do Luanda Leaks

Para além de Rui Pinto, Dokolo diz que João Lourenço, presidente de Angola, e Manuel Vicente, antigo vice-presidente de Angola, fazem também parte deste ‘complot’ dos Luanda Papers.
  • Cortesia PlatinaLine
19 Janeiro 2020, 19h46

O marido de Isabel dos Santos, Sindika Dokolo, acusa o ‘hacker’ português, Rui Pinto, de ser o braço armado do ‘complot’ por detrás do Luanda Leaks, em declarações ao RFI.

Dokolo para além de Rui Pinto, diz que João Lourenço, presidente de Angola, e Manuel Vicente, antigo vice-presidente de Angola, fazem também parte deste ‘complot’ dos Luanda Papers.

O Luanda Leaks é uma investigação de um consórcio internacional de jornalistas de investigação (ICIJ), que sugere que Isabel dos Santos beneficiou de imensas oportunidades derivadas de Eduardo dos Santos, antigo presidente de Angola e pai de Isabel dos Santos, enquanto dirigiu o país, e mostra como Isabel dos Santos construiu fortuna à custa do Estado de angola.

A investigação revela 715.000 documentos, entre e-mails, contratos, auditorias, e contas que foram obtidas por uma plataforma de denunciantes em África (PPLAAF), que depois foi partilhada com a ICIJ.

Os Luanda Papers dão indícios de que a Sonangol vendeu a Dokolo uma participação na Galp, avaliada em 750 milhões de euros depois de um empréstimo de 11 milhões de euros.

Um total de 115 milhões de euros em pagamentos a firmas de consultorias, ordenadas por Isabel dos Santos, enquanto dirigente da Sonangol, que foram desviados para uma companhia do Dubai controlada pelos seus associados.

Uma ‘business venture’ com uma empresa estatal de diamantes que resultou alegadamente em 200 milhões de euros em dívida pública, que sustentava uma marca de jóias suíças que eram parcialmente detidas por Dokolo.

Duas empresas de Isabel dos Santos e empresas por si contratadas angariaram 500 milhões de dólares em ‘fees’ de uma empresa do Dubai localizada em Luanda.

Jornal Económico já tinha avançado as ligações que Isabel dos Santos possua com a Rússia, onde passou a ser Isabel Dosovna Kukaeva, cidadã russa, com passaporte russo, num processo diretamente acompanhado pelo presidente Vladimir Putin. O mesmo arrigo refere que Isabel dos Santos detém uma rede de sociedades ‘offshore’, contas em vários bancos, é uma ‘trader’ de petróleo e lidera a venda de bilhetes na Rússia.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) anunciou também que abriu uma investigação à denúncia apresentada por Ana Gomes em relação a várias operações realizadas por Isabel dos Santos em Portugal.

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