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Mario Draghi quer processo de vacinação mais rápido e pede ajuda aos militares

O ex-presidente do BCE já revelou que vai priorizar o uso de voluntários da Proteção Civil e de militares das Forças Armadas para administrar vacinas, e quer seguir o exemplo do Reino Unido, concentrando os esforços na administração da primeira vacina, em vez de guardar segundas doses.
3 Março 2021, 15h34

O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, está a trabalhar numa revisão da campanha de vacinação da Itália, que o próprio considera estar a decorrer a um ritmo lento, avança a “Bloomberg”. O objetivo de Draghi é focar-se na logística do plano e no recrutamento de militares para ajudar na vacinação, uma vez que Itália tem sido invadida pelas novas estirpes do vírus.

Mario Draghi despediu dois responsáveis pelo plano italiano na tentativa de agilizar os procedimentos de vacinação em todo o país, desenrolando a vacina de forma mais rápida. O ex-presidente do Banco Central Europeu já revelou que vai priorizar o uso de voluntários da Proteção Civil e de militares das Forças Armadas para administrar vacinas, e quer seguir o exemplo do Reino Unido, concentrando os esforços na administração da primeira vacina, em vez de guardar segundas doses.

O atual primeiro-ministro transalpino herdou uma crise sanitária e uma queda da economia em 9% em 2020 do seu antecessor Giuseppe Conte. Uma das prioridades de Draghi é relançar a economia prejudicada pela pandemia e pelos bloqueios.

Itália é um dos países que se insurgiu contra a Comissão Europeia por causa dos atrasos na entrega das vacinas por parte das farmacêuticas, atrasando o plano de vacinação no país. Até à data, Itália administrou 4,6 milhões de doses, sendo que menos de 1,5 milhões de pessoas já foram inoculadas com as duas doses.

Até agora apenas 70% das vacinas que chegaram a Itália foram administradas, com a região da Calábria a ficar abaixo dos 60% e Lombardia e Veneto abaixo dos 67%. Cerca de 10 regiões italianas chegaram a acordo com médicos de família para envolver estes profissionais na imunização da população, o que permitiria realizar 20 vacinações por dia.

Mario Draghi contratou o general Francesco Paolo Figliuolo para assumir a coordenação do plano criado pelo governo, e nomeou Fabrizio Curcio como chefe da Proteção Civil, de forma a substituir os dois líderes que dispensou.

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