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Mark Bourke confirma roadshow nas últimas semanas para preparar IPO do Novobanco

“Sim, temos estado em roadshow” quando questionado se visitou potenciais investidores institucionais na Europa nas últimas semanas. “Estamos em roadshow desde janeiro”, afirmou o CEO.
16 Outubro 2024, 07h31

O presidente do Novobanco, Mark Bourke confirmou ao Jornal Económico, à margem da conferência que celebra os 40 anos da Associação Portuguesa de Bancos, que têm estado em roadshow pela Europa para apresentar o Novobanco aos investidores, com vista a avançar com uma Oferta Pública Inicial (IPO), que está prevista para ocorrer nos primeiros meses do próximo ano.

“Sim, temos estado em roadshow” quando questionado se visitou potenciais investidores institucionais na Europa nas últimas semanas. “Estamos em roadshow desde janeiro”, afirmou o CEO.

Segundo as nossas fontes o roadshow do últimos meses incluiu potenciais investidores não só na Europa como nos Estados Unidos e Arábia Saudita.

Quando questionado se vão conseguir antecipar o mecanismo de capital contingente, o que implica um acordo com o Fundo de Resolução e indiretamente com  o Ministério das Finanças, o banqueiro foi peremptório “vai ter mesmo de ser antecipado”. Um passo que abre a porta à distribuição de dividendos e à entrada do banco em bolso.

O Novobanco e Fundo de Resolução (FdR), têm tentado exaustivamente um acordo para antecipar o fim do Acordo de Capitalização Contingente antes da sua maturidade que é no final de 2025. Acordo esse que precisa do aval do Ministério das Finanças. O acordo estará apenas preso por detalhes.

O acordo implica cedências de parte a parte nos valores que cada parte foi condenada a pagar pelo Tribunal Arbitral em vários processos. Um acerto de contas entre os valores que o Fundo foi condenado a pagar e créditos que tem a receber do Novobanco. Há também cláusulas relativas à suspensão da contagem de juros de mora das decisões arbitrais e de extinção de litígios pendentes.

Por outro lado, no âmbito deste acordo de antecipação do acordo de capitalização contingente, o Fundo de Resolução quer incluir a Direção Geral do Tesouro nos mecanismos de drag-along e de tag-along, previstos no Acordo Parassocial celebrado entre o Fundo de Resolução e a Nani Holdings, em 2017, quando o fundo tinha 25%.

A cláusula “tag along” estipula um direito de venda conjunta aos acionistas minoritários nas mesmas condições que os acionistas controladores. A cláusula “drag along” estipula uma obrigação de venda conjunta.

O acordo de venda do Novobanco, assinado em 2017 entre o Fundo de Resolução e o Lone Star inclui cláusulas de drag-along e de tag-along, o que dá ao Fundo de Resolução a possibilidade de vender a sua participação nas mesmas condições da Lone Star. No entanto esse acordo não inclui o Estado que hoje tem 11,46%.

Mark Bourke participou esta terça-feira num painel intitulado “A visão dos CEO” com os presidentes executivos da Caixa Geral de Depósitos, do BCP, do Santander Totta e do BPI em que os cinco debateram o efeito do atual contexto na atividade bancária.

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