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Marques Mendes pisca o olho a PSD e CDS sobre coligação: “Indo separados, faziam um favor a António Costa”

Nas notas da semana de Marques Mendes no seu habitual comentário na SIC, o comentador fez um balanço sobre a semana eleitoral.
8 Setembro 2019, 21h33

O comentador da SIC fez um balanço da semana eleitoral e começou o seu habitual comentário de domingo com três conclusões:

“O PS está focado na maioria absoluta, existem dois partidos empenhados em travar a maioria absoluta e outros dois, da oposição, que resistem e tentam recuperar”, anunciou esta noite na Sic.

Começando pelo PS, Marques Mendes afirma que o “objetivo é claro”: maioria absoluta. “Não o diz, mas pensa”, remata. “

“Formalmente António Costa não a pede. Na prática, todos percebem que é esse o objectivo. E tem um grande aliado: a economia. As pessoas estão globalmente satisfeitas com o estado da nossa economia. Ainda esta semana o INE deixou claro que a confiança dos consumidores está em alta. As más notícias económicas só chegarão depois das eleições, em 2020”, vincou.

Seguiu-se para os dois principais partidos que estão a tentar travar uma maioria absoluta: PCP e Bloco.

“O PCP foi feliz com a “Festa do Avante!”. É a sua grande mobilização anual e a sua grande oportunidade de passar mensagens. O PCP é um partido de massas e não de debates”, criticou o comentador do PSD.

Sobre o partido liderado por Catarina Martins, o comentador não hesitou ao afirmar que BE “teve uma semana infeliz”.

“O pior momento foi o debate de anteontem entre Costa e Catarina. Costa ganhou e Catarina perdeu. Costa ganhou porque conseguiu colar ao Bloco a imagem de partido irrealista e irresponsável. Catarina perdeu porque, além dessa falha, teve uma outra, ainda maior. Este era o debate em que a líder do BE devia ter atacado o PM, aprofundando até à exaustão os malefícios de uma maioria absoluta. Não o fez. Tocou no assunto lateralmente e não como um tema central do debate. Perdeu a oportunidade e perdeu o debate”, rematou.

Sobre os partidos da oposição que resistem a tendência de uma maioria absoluta, Marques Mendes considera que PS e o CDS estiveram bem. “Acho que ficam duas sensações no ar. Não estão a jogar para ganhar, mas sim para ganhar às sondagens”, reflete.

Marques Mendes aproveitou para piscar o olho à possibilidade de uma coligação entre os dois partidos, afirmando que “se fossem juntos às eleições provavelmente as coisas seriam diferentes”.

“O tempo provavelmente se encarregará de provar esta conclusão: se fossem juntos às eleições, seguramente impediriam uma maioria absoluta do PS. Indo separados, faziam um favor a António Costa”, sublinhou.

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