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Marrocos recusa que migrantes que desembarcaram no Algarve sejam refugiados

O primeiro grupo de imigrantes chegou a Monte Gordo a 11 de dezembro de 2019 e o segundo foi ainda identificado ao largo de Olhão durante a última semana, ainda de madrugada. Atualmente, os 19 jovens estão à guarda do Conselho Português para os Refugiados.
  • Marrocos
3 Fevereiro 2020, 12h56

No espaço de um mês desembarcaram dois grupos de migrantes no Algarve, uma situação bastante rara em Portugal. Analisando o caso, o embaixador de Marrocos em Lisboa afirmou à TSF que os jovens não são refugiados, mas sim migrantes.

O diplomata marroquino, Othmane Bahnini, continua à espera de ser informado pelo Governo e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) sobre a nacionalidade dos imigrantes, algo que espera que aconteça “nos próximos dias”. O embaixador de Marrocos indica que soube dos casos pelas notícias.

O primeiro grupo de imigrantes chegou a Monte Gordo a 11 de dezembro de 2019 e o segundo foi ainda identificado ao largo de Olhão durante a última semana, ainda de madrugada. Atualmente, os 19 jovens estão à guarda do Conselho Português para os Refugiados.

O embaixador Bahnini afastou, à publicação, a ideia da existência de uma nova rota de imigração ilegal, acreditando que se tratam de casos isolados. O diplomata sublinhou que “Marrocos é um país estável, com uma economia próspera” e que não existe “qualquer situação que obrigue as pessoas a imigrar para a Europa desta forma”.

Ainda assim, o representante afirmou que as relações entre os dois países estão bem, sustentando que está disposto a colaborar com as autoridades portuguesas. “O ministro português dos Negócios Estrangeiros esteve em Marrocos há pouco tempo, o ministro português da Administração Interna também deverá ir em breve para discutir estes e outros assuntos porque a nossa relação é muito forte, há muitas ligações entre os dois países”, afirmou à TSF.

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