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Marta Temido desvaloriza afastamento de crítico do Governo das “reuniões do Infarmed”

Ministra da Saúde reduziu decisão de Manuel Carmo Gomes a “uma questão de agenda” e garantiu que encara propostas alternativas como “formas de progredir”. Epidemiologista pôs em causa a resposta “gradualista” do Governo à pandemia de Covid-19 durante a reunião no Infarmed.
  • Manuel de Almeida/Lusa
9 Fevereiro 2021, 14h44

A ministra da Saúde desvalorizou a decisão tomada por Manuel Carmo Gomes de deixar de participar nas sessões de especialistas conhecidas por “reuniões do Infarmed”, depois de nesta terça-feira o professor de Epidemiologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa ter posto em causa a estratégia do Governo para travar o avanço da pandemia de Covid-19.

“Por razões da sua vida profissional optou por continuar a apoiar o grupo de conselheiros mas não realizar apresentações presenciais”, disse Marta Temido, no final da 15.ª apresentação da situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal, respondendo a pergunta de jornalistas quanto ao afastamento de Carmo Gomes. Horas antes, o epidemiologista dissera que “tivemos um janeiro muito mau em termos de saúde pública em Portugal” e em que houve uma resposta “gradualista” que não se mostrou capaz de controlar o crescimento exponencial da pandemia.

Salientando que Manuel Carmo Gomes é membro da comissão técnica da vacinação contra a Covid-19, a ministra garantiu “não serão essas as razões” da parte do Governo para uma decisão que descreveu como “uma questão de agenda” do epidemiologista.

“Acreditamos que recomendações, sugestões e propostas alternativas são formas de progredir”, disse Marta Temido, defendendo que desde o início da pandemia o Governo tem mostrado abertura a opiniões divergentes do Ministério da Saúde e da Direção-Geral de Saúde.

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