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Máximo dos Santos: “Sou o presidente do Fundo de Resolução, não o Sherlock Holmes”

Máximo dos Santos esclarece que as operações com partes relacionadas não são proibidas, têm é de ser autorizadas pelo Fundo de Resolução. “O contrato não proíbe” vendas a partes relacionadas, afirmou Máximo dos Santos, presidente do fundo que detém 25% do Novo Banco, na comissão de Orçamento e Finanças, esta quarta-feira. O que o contrato diz é que “até pode haver vendas a partes relacionadas desde que autorizadas pelo Fundo de Resolução, o que não houve”. 
Cristina Bernardo
16 Setembro 2020, 12h45

Luís Máximo dos Santos também não tem evidência, pelos meios habituais, de negócios com partes relacionadas. O presidente do Fundo de Resolução ressalvou aos deputados, que no entanto “sou o presidente do Fundo de Resolução, não sou o Sherlock Holmes”.

O presidente do Fundo  de Resolução também foi questionado sobre se tem a certeza que na venda de ativos do Novo Banco, não estão entidades relacionadas com o Lone Star. Como se sabe essa possibilidade está impedida por contrato de venda do banco.

Máximo dos Santos esclarece que as operações com partes relacionadas não são proibidas, têm é de ser autorizadas pelo Fundo de Resolução. “O contrato não proíbe” vendas a partes relacionadas, afirmou Máximo dos Santos, presidente do fundo que detém 25% do Novo Banco, na comissão de Orçamento e Finanças, esta quarta-feira. O que o contrato diz é que “até pode haver vendas a partes relacionadas desde que autorizadas pelo Fundo de Resolução, o que não houve”.

“Não há evidência, pelos meios habituais, de que houve vendas de ativos do Novo Banco a partes relacionadas ao acionista Lone Star. Agora, sou o presidente do Fundo de Resolução, não sou o Sherlock Holmes”, disse Luís Máximo dos Santos em resposta ao deputado do PSD Alberto Fonseca.

Sobre os preços e alegados descontos, o responsável pelo FdR, explicou que os ofertantes não conhecem quais são os ativos que estão cobertos pelo CCA (mecanismo de capitalização contingente do Fundo de Resolução), isso é fundamental para que não ofereçam preços mais baixos, explicou Máximo dos Santos.

Já hoje o Ministério das Finanças veio falar da venda de ativos do Novo Banco, designadamente carteiras de imóveis e participações em empresas. O Ministério diz que “foram realizadas em condições adequadas de mercado” e “os preços obtidos corresponderam ao melhor preço que seria possível obter, em cada momento e circunstância”. Esta é a posição assumida pelo Banco de Portugal, liderado pelo ex-ministro das Finanças Mário Centeno, em resposta a um requerimento enviado pelo Bloco de Esquerda e que é citado por jornais.

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