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Médico que denunciou morte de Ihor Homeniuk despedido do Instituto Nacional de Medicina Legal

De acordo com o “Correio da Manhã”, que faz manchete com este tema este domingo, este médico legista desempenhava autópsias no Hospital de Santa Maria e terá sido Carlos Durão a contactar a Polícia Judiciária (PJ) em março deste ano, a levantar a suspeita de que Ihor Homeniuk teria sido vítima de homicídio.
20 Dezembro 2020, 14h39

Carlos Durão, o médico legista que denunciou o homicídio do ucraniano Ihor Homeniuk nas instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), foi dispensado pelo Instituto Nacional de Medicina Legal (INML), informação avançada pelo “Correio da Manhã” este domingo.

De acordo com o diário, que faz manchete com este tema este domingo, este médico legista desempenhava autópsias no Hospital de Santa Maria e terá sido Carlos Durão a contactar a Polícia Judiciária (PJ) em março deste ano, a levantar a suspeita de que Ihor Homeniuk teria sido vítima de homicídio.

Escreve o “Correio da Manhã” que a PJ estará também a investigar alegadas pressões a que o médico terá sido sujeito, já que, de acordo com o diário, este terá sido “chamado” à atenção devido à rapidez com que elaborou o relatório.

A suspeita de homicídio em março de um cidadão ucraniano por elementos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) no aeroporto de Lisboa chocou o país, a acusação surgiu célere, mas só gerou um “tsunami” político em novembro.

A morte de Ihor Homeniuk, em 12 de março, num caso que envolve suspeitas de tortura e homicídio por inspetores do SEF, deixou o Estado português envergonhado junto da União Europeia, mas também perante os seus cidadãos, abalando as estruturas daquele serviço.

No plano político, as críticas da oposição ao Governo chegaram em novembro, sobretudo depois de se saber que a viúva de Ihor Homeniuk nem sequer tinha recebido condolências do executivo e do Presidente da República e que foi ela, inclusivamente, a pagar a transladação do corpo do marido.

 

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