O BPI recebeu até agora 750 pedidos para crédito à habitação no âmbito da garantia pública, no valor de 140 milhões de euros. Deste total, 40% já foram aprovados pelo banco e estão agora do lado do cliente, enquanto 5% foram rejeitados, não só por critérios de risco, mas também por não se enquadrarem nesta medida para habitação que João Pedro Oliveira e Costa, presidente executivo do banco, diz ser importante, mas apenas “um paliativo”.
“Estas medidas são importantes, mas são paliativos”, disse o banqueiro na apresentação dos resultados do banco referentes a 2024, quando alcançou lucros recorde, notando que “os números são muito baixos face às necessidades reais que o país tem em termos de habitação”.
“O Governo tem vindo a desenvolver um conjunto de medidas [como a lei dos solos], mas penso que há duas ou três coisas sobre as quais devíamos discutir e encarar de frente. O nosso grande problema, a nossa bola de chumbo presa aos tornozelos chama-se burocracia”, referiu João Pedro Oliveira e Costa, questionando também se haverá pessoas suficientes para construir as casas necessárias.
“Estamos sempre a discutir coisas de pormenor e não atacamos as coisas de frente. Penso que o tema da habitação é uma urgência. Só vamos resolver isto em conjunto. Não é com discussões politicas”, conclui.
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