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Médio Oriente: Mahmoud Abbas espera que acordo leve à criação de um Estado palestiniano

Numa declaração publicada nas redes sociais, o presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, expressou a esperança de que estes esforços sejam o “prelúdio para uma solução política permanente (…) que conduza ao fim da ocupação israelita do Estado da Palestina e ao estabelecimento de um Estado palestiniano independente”.
9 Outubro 2025, 09h21

O presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, saudou hoje o acordo alcançado entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, manifestando a esperança de que tratado possa levar à criação de um Estado palestiniano.

Numa declaração publicada nas redes sociais, Abbas expressou a esperança de que estes esforços sejam o “prelúdio para uma solução política permanente (…) que conduza ao fim da ocupação israelita do Estado da Palestina e ao estabelecimento de um Estado palestiniano independente”.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na quarta-feira que a primeira fase do plano de paz para a Faixa de Gaza foi aceite pelo Hamas, que vai libertar os reféns, e por Israel, que deve retirar as forças para uma zona demarcada.

Na mesma declaração citada pela agência Wafa, Mahmoud Abbbas afirmou ainda que a soberania sobre a Faixa de Gaza pertence ao Estado da Palestina, juntamente com a Cisjordânia e Jerusalém Oriental.

Abbas pediu também a criação de um comité administrativo palestiniano unificado e forças de segurança palestinianas para trabalhar em prol da coesão.

A Faixa de Gaza é governada pelo Hamas desde que os islamistas expulsaram a Fatah (presidida por Abbas e principal força da Autoridade Nacional Palestiniana, que governa parte da Cisjordânia), em 2007, após vencer as últimas eleições legislativas palestinianas.

Mahmoud Abbas afirmou, na altura, o papel da Autoridade Nacional Palestiniana na Faixa de Gaza “do pós-guerra”, prometendo trabalhar com mediadores e “parceiros relevantes” para garantir estabilidade e uma paz duradoura e justa, de acordo com o direito internacional.

Israel e Hamas acordaram na quarta-feira à noite a fase inicial do cessar-fogo na Faixa de Gaza, após negociações em Sharm al-Sheikh mediadas pelo Egipto, Qatar, Estados Unidos e Turquia.

Esta fase inicial da trégua envolve a retirada do Exército israelita para a denominada linha amarela demarcada pelos Estados Unidos, que forma um perímetro com cerca de 1,5 quilómetros de no ponto mais estreito e 6,5 quilómetros no ponto mais largo, estendendo-se a partir da linha divisória entre Israel e Gaza.

As tropas israelitas, que já iniciaram os preparativos para a retirada, vão de recuar até essa marca antes de os reféns serem libertados.

De acordo com o jornal israelita Haaretz, os 20 reféns vivos podem sair de Gaza entre sábado e domingo, enquanto Trump anunciou que todos (incluindo os mortos) vão ser retirados do enclave até segunda-feira.

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