[weglot_switcher]

Menos emissões e mais reciclagem. Associação Zero destaca 12 números que devem mudar no ambiente

A Associação Zero alerta para alguns números que se têm de melhorar em Portugal, nomeadamente em metas propostas para este ano. No Dia Mundial do Ambiente, em que deve Portugal melhorar?
  • Yves Herman/REUTERS
5 Junho 2020, 14h54

No dia em que se celebra o Dia Mundial do Ambiente, a Associação Zero recolheu alguns dos principais valores que têm de mudar em Portugal, fazendo com que o país cumpra os objetivos a que se propôs.

A organização ambientalista destaca 12 números com que os portugueses se devem preocupar, nomeadamente o nível do desperdício de água, o ruído e a reciclagem. Estas são apenas algumas preocupações evidenciadas pela Zero, que já as tem discutido ao longo dos anos.

Quais os 12 números que Portugal deve mudar?

55 µg/m3 – Este valor representa a média anual de dióxido de azoto na Avenida da Liberdade, em Lisboa, registada em 2019. O limite legal anual para a libertação de dióxido de azoto é de 40 µg/m3 e a Zero refere que as cidades “têm de aplicar fortes medidas de restrição do tráfego automóvel e de promoção do transporte público”.

66 dBA – Este é o ruído noturno medido no Campo Grande, que se situa ao lado ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. O limite legal para o ruído está fixado em 55 dBA e segunda a Zero, “há um incumprimento generalizado da legislação” relativamente aos voos noturnos.

25,6% – Esta é a percentagem de emissões de gases de efeito de estufa dos transportes no ano de 2018. A Associação Zero esclarece que “o transporte rodoviário será o grande protagonista se não forem tomadas medidas estruturantes na mobilidade” das cidades portuguesas .

30% – A meta para o presente ano está fixada em 20% mas o desperdício de água no setor urbano é 10% maior. A Zero alerta que o Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água e que as metas nos setores urbano, industrial e agrícola não serão cumpridas e que para o futuro é preciso “um programa renovado e efetivamente implementado”.

12% – Este é o valor da reciclagem de plástico em 2018, sendo que “só se reciclaram 72 mil das 600 mil toneladas de plástico produzidas nas casas dos portugueses”. A Associação Zero alerta que “é urgente reduzir a produção de plástico e garantir que produtos e embalagens que entrem no mercado acabem reciclados”.

296  – Este é o número de edifícios públicos em que já foi retirado o amianto, sendo que o valor total é de 3.855. A Zero pede que seja divulgada uma lista de edifícios públicos nos quais está presente amianto, “para que se possa comprender o problema e proceder à erradicação do amianto até 2032”.

507 kg – Esta é atualmente a produção anual de resíduos por habitante em 2018, sendo que a meta para o presente ano está fixada em 410 kg por habitante por ano. O “valor real da produção tem aumentado todos os anos”, aponta a Zero, explicando que “Portugal tem de implementar medidas concretas de redução e de reutilizaçao para alterar este descalabro”.

15,5% – Para a Zero, é “urgente apoiar a produção nacional de leguminosas de forma a diminuir a dependência do exterior”, sendo que “em 2018, o país só garantiu a produção de 15,5% do consumido”.

33,5 milhões de litros – Esta foi a quantiddade de óleo de palma utilizado em Portugal no ano passado no gasóleo rodoviário como biocombustível. A Associação Zero pede que Portugal abandone esta “matéria-prima promotora da destruição da floresta tropical” que coloca em perigo ecossistemas sensíveis e a sobrevivência de várias espécies animais.

91 ktep – Esta é a energia que atualmente está a ser fornecida pelos sistemas solares térmicos, cuja meta PNAER para 2020 é de 108 ktep. “Portugal tem um enorme potencial para o uso da energia solar, não apenas na produção de eletricidade”, aponta a Zero, acrescentando que o país ainda está “muito aquém dos objetivos traçados”.

456 – É o número de espécies ameaçadas de extinção só no território nacional, onde se incluem plantas. “É urgente que Portugal coloque em práticas planos de conservação para espécies ameaçadas como o lobo-ibérico ou algumas aves necrófagas”, alerta a Zero, mostrando ainda o sucesso do programa de recuperação do lince-ibérico.

87% – Esta é, atualmente, a área florestal pertencente a proprietários privados. Atualmente existem “400 mil proprietários privados”, senod que “a dimensão média das propriedades é inferior a um hectare em dois terços do país, principalmente a norte do rio Tejo, onde se regista a maior parte da área ardida”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.