A ex-Groundforce justificou em comunicado a notícia de injeção da TAP. Segundo o Eco, a TAP realizou suprimentos de 5,5 milhões de euros para reforçar o capital da Menzies Aviation Portugal, a antiga Groundforce, depois desta ter registado prejuízos elevados em 2024.
A Menzies Portugal assegura que o empréstimo pelos acionistas não está relacionado com necessidades de fluxo de caixa a curto prazo.
“Os resultados líquidos previstos para 2024 indicam uma perda estimada de cerca de 8,1 milhões de euros. Deste montante, aproximadamente 4,5 milhões de euros já tinham sido contabilizados antes de a Menzies Aviation adquirir o capital social da SPdH”, disse a empresa.
Desde que a Menzies Aviation entrou no capital da empresa, ocorreram vários eventos extraordinários e não recorrentes, no valor superior a 9 milhões de euros, relacionados com o cumprimento dos compromissos estipulados no plano de recuperação aprovado judicialmente, no memorando de entendimento e na implementação de acordos comerciais, justifica a empresa em comunicado.
“A entrada da Menzies Aviation resultou em melhorias significativas nas condições de trabalho dos colaboradores da SPdH, totalizando mais de 5 milhões de euros, incluindo aumentos salariais, melhoria dos subsídios de refeição, regularização e atribuição de anuidades, bem como progressões na carreira. Excluindo o impacto destes eventos extraordinários, os resultados normalizados da SPdH em 2024 teriam sido positivos”, acrescenta.
Após a entrada da Menzies, foram feitos investimentos significativos, superiores a 3 milhões de euros, incluindo uniformes, equipamentos operacionais e instrumentos de trabalho, melhorias nas instalações, mobiliário e equipamentos de informática, entre outros.
“O empréstimo dos acionistas é alocado exclusivamente ao programa de redução de pessoal acordado no plano de recuperação aprovado judicialmente e não está relacionado com necessidades de fluxo de caixa a curto prazo”, segundo o comunicado.
A Menzies garante ainda que o plano de recuperação aprovado pelo tribunal está a ser integralmente cumprido pela empresa.
Segundo a mesma nota “a implementação do plano de recuperação sofreu atrasos consideráveis devido a circunstâncias externas à SPdH, nomeadamente processos judiciais e outras restrições externas, o que exigiu ajustes na sua execução prática”.
“Esses atrasos tiveram um impacto financeiro significativo em 2024, originado principalmente pelo calendário de pagamentos aos credores reconhecidos durante o processo de insolvência, aumento dos custos com pessoal, pagamento de indemnizações associadas a rescisões por mútuo acordo e cumprimento dos compromissos detalhados no memorando de entendimento”, assegura a empresa.
Ainda no mesmo comunicado é dito que em 2024, a SPdH alcançou um recorde de receitas, sendo que se prevê um crescimento adicional em 2025 à medida que novas companhias aéreas continuam a escolher a Menzies como o seu parceiro de negócios.
”Os acionistas da SPdH reiteram a sua total confiança na capacidade da equipa de gestão em executar o plano acordado e assegurar a recuperação definitiva da SPdH”, conclui.
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