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Meo e CTT lideram reclamações no sector das comunicações em 2020

Em 2020, chegaram à Anacom cerca de 125,5 mil reclamações, mais 27,8 mil (+28%) do que em 2019. O regulador justifica o aumento das queixas com “a maior utilização e dependência dos serviços de comunicações” em tempo de pandemia. 
  • Edifício-sede da Autoridade Nacional de Comunicações, em Lisboa
1 Março 2021, 13h50

A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) revelou esta segunda-feira que a Meo e os CTT – Correios de Portugal foram as empresas que mais vezes foram alvo das cerca de 125 mil reclamações escritas contra os prestadores de serviços de comunicações, em 2020.

No sector das telecomunicações, a Meo, que é detida pela Altice Portugal, foi a empresa mais visada, com 35% das 87,6 mil reclamações sobre telecomunicações. A NOS foi o segundo operador mais reclamado, com 32% das queixas a recair sobre a empresa liderada por Miguel Almeida. Com 30% das queixas segue-se a Vodafone e a Nowo, com 4%.

“A Vodafone foi o prestador que registou o maior aumento de reclamações, 32%; seguida da Meo , com mais 24%; da NOS, com mais 23% e da Nowo, que registou um acréscimo de 13% nas reclamações”, salientou a Anacom na nota enviada à redação.

Mas observando as reclamações por mil clientes, a NOS foi a que registou o maior número de reclamações por mil clientes, com dez queixas. Um valor que está acima da média do sector (sete), seguiu-se a Vodafone (sete) e a Meo (cinco).

O principal tema das reclamações, em 2020, esteve relacionado com a faturação de serviços, sobretudo, com valores considerados indevidos por serviços não prestados ou consumos não realizados e por não concretização de condições acordadas.

“A distribuição de reclamações entre estes prestadores manteve a tendência de aproximação verificada em 2019”, concluiu o regulador.

No sector postal, os CTT lideraram as queixas, no último ano, tendo visto aumentar as reclamações de que foram alvo em 23%, para mais de 28 mil, face a 2019. Assim, 75% das reclamações totais do sector tinham os CTT como alvo. Seguiu-se a DPD, com 18% das reclamações totais, o que corresponde a 6 900 queixas, mais 120% face a 2019.

No conjunto do sector, as operações postais foram alvo de 38 mil reclamações. Os principais assuntos das reclamações foram os atrasos nas entregas, sobretudo de encomendas, problemas na entrega no domicílio e questões relacionadas com o atendimento, “sobretudo nas dificuldades com o acesso e funcionamento das linhas telefónicas e o custo com as chamadas para estas linhas”.

Em 2020, chegaram ao regulador das comunicações cerca de 125,5 mil reclamações, mais 27,8 mil, ou 28%, do que em 2019. A Anacom justificou o aumento das queixas com “a maior utilização e dependência dos serviços de comunicações” em tempo de pandemia.

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