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Mercado aposta em pessoas mais velhas para trabalhar

Nas empresas está também a aumentar a mobilidade interna e o recrutamento através das redes sociais, concluiu o debate promovido pela Michael Page sobre atração e retenção de talento.
28 Setembro 2019, 17h39

Responsáveis de recursos humanos apontam para uma mudança de paradigma relativamente ao perfil e idade dos candidatos, derivado da abertura do mercado, da diversidade e melhoria da situação económica, e a importância da aquisição de competências e formação para reter talento.

“Em determinadas áreas prefere-se um perfil mais velho e estas pessoas têm mais possibilidades de se manter nas empresas”, afirmou Mara Ângelo, diretora de Recursos Humanos de A Padaria Portuguesa, no debate promovido pela Michael Page, marca do PageGroup, subordinado ao tema “Como atrair e reter talento na área de Recursos Humanos – Cultura e Benefícios”, que juntou responsáveis de empresas portuguesas e multinacionais de vários setores de actividade.

A retenção aumenta não só relacionada com a idade, mas também com as perspetivas de progressão profissional, concluem os especialistas.

Relativamente à forma como se processa o recrutamento, o mercado português é tido como “conservador”, estando a aposta focada “mais no perfil e nas competências”. Principalmente utilizados são os métodos habituais de anúncios e programas de speed dating de recrutamento, como é o caso de A Padaria Portuguesa. Para chegar até candidatos com um determinado perfil, preferem-se as plataformas online, sobretudo as redes sociais. O LinkedIn para funções seniores, o Facebook para grupos que também usam o LinkedIn, o Instagram para um perfil mais jovem e recrutamento de funções temporárias, e o OLX para recrutamento de funções relacionadas com a distribuição e produção fabril.

As “funções transferíveis” nas organizações, impulsionadas pelas competências digitais e domínio de soft skills que aumentam a empregabilidade noutras áreas e o desempenho de outras funções, é outra das tendências. Áurea Araújo, HR manager da Baxter, disse que na sua empresa que opera na indústria farmacêutica, “os millenials não querem sair de Portugal, mas estão ávidos de novas competências”.

 

DESTAQUES DO DEBATE PROMOVIDO PELA MICHAEL PAGE

Isabel Dinis, Diretora de Recursos Humanos da Esegur: “A dificuldade de retenção de talento numa empresa de mão de obra intensiva, e a importância da valorização das competências como fator de retenção, assim como a formação e progressão de carreira”.

Susana Nunes, HRD & Internal Communications da DECO Proteste: “A implementação de políticas de responsabilidade social para os colaboradores, a criação de programas de flexibilidade de trabalho e mobilidade para casos específicos, de forma a evitar a ausência a longo prazo de colaboradores”.

Teresa Pina, Diretora de Recursos Humanos na OMNOVA Solutions: “A responsabilidade, espírito de equipa, capacidade de relacionamento, comunicação, integração no ambiente de trabalho flexibilidade e resiliência, são soft skills fundamentais, não apenas nesta organização como em qualquer setor de atividade”.

Vasco Salgueiro, executive manager do PageGroup: “A maior recompensa é saber que conseguimos melhorar a vida de alguém, relativamente ao seu desenvolvimento profissional e pessoal e, ao mesmo, tempo, saber que a empresa que contratou este profissional está a conseguir melhores resultados com a sua contratação”.

 

 

 

 

 

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