Os mercados europeus viveram um dia animado, a beneficiar de novidades referentes às tarifas. O acordo entre EUA e Japão neste âmbito leva a crer que algo semelhante pode ser alcançado antes da data limite decretada por Donald Trump, de tal modo que a indústria automóvel, de forma particular, foi palco de fortes subidas.
A Stellantis liderou o sentimento nesse sentido, já que a respetiva capitalização de mercado subiu mais de 9%. Recorde-se que a indústria automóvel europeia atravessa sérias dificuldades, de tal forma que o grupo regista um corte de quase 32% desde o início do ano.
De resto, a sessão de quarta-feira deu também espaço a incrementos próximos de 6% na Volkswagen e Mercedes-Benz, ao passo que a BMW subiu mais de 4%.
A beneficiar destas subidas, os índices de referência registaram acréscimos de 1,37% em França, 1,28% em Itália, 0,85% na Alemanha e 0,31% em Espanha, ao passo que o índice agregado Euro Stoxx 50 subiu 1,00%. Ainda assim, o sentimento foi negativo no setor das utilities, no qual se registaram perdas por toda a Europa, inclusive em Lisboa, que encerrou por isso no ‘vermelho’.
O índice PSI contraiu 0,37% e terminou o dia nos 7.717 pontos. A EDP desvalorizou 3,30% e as ações ficaram-se pelos 3,779 euros, ao passo que a EDP Renováveis perdeu 2,18% e ficou-se pelos 10,32 euros. A REN, por sua vez, contraiu 2,30% até aos 3,18 euros. De resto, a maior queda não foi além de 0,63%, protagonizada pela Sonae, cujos títulos se ficaram pelos 1,252 euros.
Em terreno positivo, a Galp adiantou-se 2,41% e alcançou os 16,78 euros, enquanto a Semapa ganhou 2,22% para 17,52 euros. Em simultâneo, a NOS avançou 1,85% até aos 3,58 euros, ao passo que a Altri somou 1,57% para 4,855 euros.
Olhares voltam-se para os juros do BCE
Segue-se, esta quinta-feira, a reunião do BCE, na qual aquela instituição deverá optar por não cortar os juros, pela primeira vez em nove reuniões consecutivas.
Os mercados estão na expetativa de que o banco central não altere as taxas de juro de referência. O foco dos investidores deverá estar no discurso de Lagarde, em particular nos sinais que poderá deixar sobre cortes futuros, nomeada até ao final de 2025.
Também durante esta quinta-feira, os mercados vão apresentar aos resultados do segundo trimestre da Alphabet e Tesla, publicados ontem pelas empresas. De resto, vão ser conhecidas as contas referentes ao mesmo período de empresas como Louis Vuitton, Nestlé, Blackstone, TotalEnergies, BNP Paribas ou Intel, a título de exemplo. Por cá, Altri, Navigator e REN vão divulgar resultados.
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