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Mercados apostam na vitória de Trump mas não excluem cenário de litígios como em 2000

“O que importa mais, especialmente para a política fiscal, é se o novo presidente terá o apoio do Congresso”, destaca nota da Generali Investments.
euro Trump
5 Novembro 2024, 10h31

Os mercados internacionais estão a apostar na vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais que têm lugar esta terça-feira mas temem o risco de resultados demasiado próximos que possam originar litígios, tal como aconteceu em 2000 na eleições que opôs o republicano George W. Bush e o democrata Al Gore.

De acordo com uma nota da Generali Investments, assinada pelo economista sénior Paolo Zanghieri, “o que importa mais, especialmente para a política fiscal, é se o novo presidente terá o apoio do Congresso”.

Destaca este analista que “não se pode excluir uma repetição do que aconteceu em 2000, quando o presidente só foi proclamado após um mês de litígios e grandes oscilações do mercado. Com qualquer uma das partes ganhando o controlo da Casa Branca e do Congresso, a expansão fiscal e (no caso de Trump) as tarifas podem levar a taxas mais altas e um dólar forte”.

“Uma vitória de Trump favoreceria os títulos de renda fixa de alto retorno dos EUA. Os mercados parecem fortemente inclinados para uma vitória de Trump, descontando também uma alta probabilidade de um controlo republicano do Congresso, o que permitiria a implementação de grandes cortes de impostos e tarifas comerciais”, destacou o economista sénior da Generali Investments.

Duas sondagens divulgadas no final da semana passada pela estação televisiva CNN e pelo diário New York Times (NYT) sobre as preferências eleitorais dos votantes para as presidenciais que se realizam esta terça-feira apontam para um empate técnico entre Kamala Harris e Donald Trump.

O inquérito divulgado pela CNN foi feito pela SSRS entre 20 e 23 de outubro e mostra um apoio de 47% para os dois candidatos.

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