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Mercados europeu e chinês pressionaram queda do preço do petróleo

Na passada segunda-feira os preços do petróleo caíram, tendo depois recuperado. Segundo o analista Antonio Ernesto Di Giacomo, os mercados que mais pressionam este sector são da zona euro e da China.
petróleo
24 Setembro 2024, 13h14

Os preços do petróleo caíram na passada segunda-feira devido a uma preocupação generalizada com a fraca procura global. Os principais mercados a impulsionarem esta descida foram a zona euro e a China, segundo o analista Antonio Ernesto Di Giacomo, da xs.com.

O barril de brent apresentou uma decida na segunda-feira até aos 73 dólares. No entanto, conseguiu recuperar, estando esta terça-feira a ser negociado a 74,90 dólares. Também o texano WTI caiu na segunda-feira para os 69,50 dólares, tendo subido um pouco, estando agora a ser negociado a 72,14 dólares.

O analista refere que o declínio da atividade empresarial na Europa teve um impacto direto na redução da procura de petróleo. O abrandamento da economia em vários países da zona euro “criou incerteza no mercado, com receios de uma potencial recessão profunda e prolongada”, este medo fez com que muitas empresas reduzissem a produção e consumo de energia, o que levou a um declínio na procura por combustíveis fósseis.

No entanto, a situação nos Estados Unidos é diferente. Apesar da queda mundial nos preços dos combustíveis, o aumento dos preços interno pode sinalizar uma recuperação da inflação.

Já na China, o seu fraco crescimento económico tem afetado e levantado preocupações nos mercados energéticos, que estão confiantes na estabilidade da procura. “A procura de petróleo no gigante asiático tem sido mais fraca que o esperado, o que tem contribuindo para a queda dos preços”.

O analista salienta que os eventos geopolíticos, nomeadamente o conflito no Médio Oriente, tem impacto nos preços deste commodity, embora estes não tenham aumentado significativamente.

“A queda dos preços do petróleo reflete um equilíbrio delicado entre as tensões na oferta e o enfraquecimento da procura mundial, principalmente devido à situação na Europa e na China. Apesar dos fatores geopolíticos possam ter empurrado os preços para cima, o crescimento económico e a incerteza da procura de petróleo pesaram nos mercados”, refere o analista.

“A evolução da inflação nos Estados Unidos e os desafios económicos da China vão ser fatores chave a monitorizar nos próximos meses”, salienta Antonio Ernesto Di Giacomo.

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