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Mercedes AMG 63 S Cabrio: um ‘maquinão’ musculado

O roncar é tudo. É um som do outro mundo que os fãs exigem.
19 Maio 2017, 10h56

Na verdade, o motor não precisaria do som, mas é o estridente ruído que faz a diferença entre comprar e pagar quase 145 mil euros, ou pensar cinco vezes antes de avançar. Falamos do Mercedes AMG C 63 Cabrio, um super desportivo na linha dos modelos que vemos em competição.

A performance diz tudo deste V8 biturbo, uma motorização que faz a diferença, pois a oferta não é grande neste tipo de motorização. Os 510 cavalos e os quase 4.000 centímetros cúbicos de cilindrada permitem uma aceleração dos zero aos 100 quilómetros por hora em apenas 4,1 segundos. É como colar o estômago às costas e a velocidade máxima (não testada) de 250 Km/h está limitada eletronicamente. Este C 63 S tem tudo no superlativo. É um carro verdadeiramente musculado e que chama a atenção pela proporção entre eixos e pelas entradas de ar para arrefecimento. A abertura da capota demora uns escassos 20 segundos e este super desportivo passa de imediato a carro de final de tarde de um verão que está à porta.

O mercado português não resiste a esta tentação. Um coupé que passa a cabrio não é uma novidade, mas neste carro é quase um dois em um. A tração é irresistível e a pouca altura que o mantém acima do solo confere-lhe uma impressionante estabilidade. Este “maquinão” não acelera apenas, mas acelera muito e curva em qualquer circunstância, mesmo em piso molhado. Este é um “corredor nato”. A suspensão é a grande culpada desta performance. É possível adaptar a suspensão ao tipo de condução e ao tipo de estrada, sendo certo que um controlo de suspensão dentro do estilo desportivo revela grande rigidez, mas também grande aderência e segurança no controlo do carro.

O interior é exuberante, mas não é diferente do coupé e tem todo o conforto que é possível dentro de um classe E ou S. Os bancos são propositadamente envolventes e a fixação dos cintos de segurança está bem desenhada. Condutor e passageiros não se mexem a qualquer velocidade. Segurança acima de tudo. A condução pode oscilar entre a caixa automática, que revela uma passagem suave entre as várias velocidades ou, em alternativa, a opção pode ser uma condução desportiva com as patilhas do volante. São peças relativamente grandes, acima daquilo que habitualmente a marca apresenta, o que permite uma maior maleabilidade dentro do espaço do condutor. Em termos de consumos as marcas entre os 12 e os 15 litros por 100 quilómetros são banais, mas para quem adquire este “brinquedo” essa não será uma preocupação. Embora a capacidade do tanque seja grande – 66 litros – não é claramente um carro para fazer uma viagem longa sem atestar e voltar a atestar. Este C63 S é uma experiência única. Vale o investimento.

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