Esta capacidade off road que tivemos oportunidade de experienciar é potenciada pelas possibilidades de bloqueio do diferencial traseiro, da existência de caixa com redutoras, de um sistema eletrónico de tração que controla as várias manobras e uma capacidade que chega aos 600 mm em termos de profundidade de submersão.
Esta carrinha de caixa aberta, que foi lançada em Portugal há dois meses com duas motorizações de base (e uma possível super motorização ainda durante o corrente semestre), vem devolver as pick-ups ao mercado do desporto, do sonho e da aventura. Dificilmente poderemos classificar a “X” como um carro de trabalho de cinco lugares e uma caixa-aberta, a começar pelo preço, mas também pelos dispositivos internos que fazem jus a um Mercedes topo de gama. A Mercedes espera chegar às 200 unidades vendidas este ano num mercado onde impera a Nissan Navara (que tem uma ligação técnica com a Mercedes e onde a marca alemã se inspira em toda a parte técnica), e ainda a Toyota Hilux, a Mitsubishi e a Isuzu D-Max.
Mas há grandes diferenças entre estas marcas. O segmento de lazer passou a ser atrativo para todos e todos querem o desportista do surf (ou de outros desportos, radicais incluídos). A Mercedes percebeu isso há muito e foi buscar uma lenda viva, Garrett McNamara, para se ligar ao desporto de aventura.
Testar o X é paixão à primeira vista. As motorizações disponíveis são o X 250 d com 190 cv de potência, com tração às duas ou às quatro rodas, conforme a escolha e ainda com uma transmissão manual de seis velocidades ou automática, desmultiplicada em sete velocidades. O preço será mais simpático para a X 220 d com 163 cv de potência e caixa apenas manual. Ambos os motores são de quatro cilindros a diesel. A chegar está uma super-máquina, a X 350 d 4 Matic, com um motor V6 diesel de 258 cv de potência, caixa automática e com 4×4 em permanência. A maior diferença será ao nível das recuperações de velocidade e, claro, dos consumos de combustível.
Há pouco frisámos as semelhanças da X com a Navara, mas tem algumas diferenças de fundo, como seja o chassis que foi redesenhado em termos de eixo traseiro, tornando-se mais longo, a par da existência de uma suspensão dianteira dupla e de uma blindagem inferior de três secções. A X tem uma capacidade máxima de reboque de 3,5 toneladas e 1,1 tonelada de capacidade máxima de carga. Como acessórios, é possível adquirir uma cobertura plástica ou uma grelha lateral.
Claro que são as capacidade off-road que poderão, ou não, fazer o sucesso desta pick-up. A beleza exterior é indesmentível, com uma frente típica Mercedes, uma grelha de duas lamelas, um design SUV, um capô com perfil desportivo e faróis Led. O interior é um Mercedes topo de gama, sobretudo no modelo que usámos de caixa automática. O volante de três braços cromado é distintivo, assim como os bancos com pesponto em pele, acabamentos de luxo e toda a tecnologia de entretenimento e todos os sistemas passivos a ativos de condução. De realçar também a solução para manter alinhada a condução, ou a capacidade de assistência em travagem com pré-aviso de colisão, ou ainda o sempre necessário ESP para controlo de tração em situações de iminente perda de aderência do veículo.
O sistema de parqueamento com câmara de 360 graus está incluído, assim como o sistema de chave keyless go. E o facto de ser uma pick-up não quer dizer que não tenha de ter o conforto do ar condicionado dividido por duas zonas.
Todos os modelos são de cabine dupla para cinco lugares.
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