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Meta ocultou provas dos efeitos prejudiciais das suas redes sociais na saúde dos utilizadores

De acordo com a “Reuters”, esta informação estava presente em documentos que não foram editados e que faziam parte de uma ação judicial coletiva dos distritos escolares dos Estados Unidos contra a Meta e outras plataformas de redes sociais.
23 Novembro 2025, 13h24

A tecnológica de Mark Zuckerberg, a Meta, terminou investigações sobre os efeitos que as suas redes sociais, Facebook e Instagram, têm na saúde mental das pessoas, depois de ter encontrado evidências de que estes produtos eram prejudiciais.

De acordo com a “Reuters”, esta informação estava presente em documentos que não foram editados e que faziam parte de uma ação judicial coletiva dos distritos escolares dos Estados Unidos contra a Meta e outras plataformas de redes sociais.

Em 2020, a Meta tinha cientistas a desenvolver o projeto “Mercúrio”, que tinha como objetivo avaliar o efeito da “desativação” do Facebook e do Instagram na vida das pessoas. De acordo com os documentos, as pessoas que deixavam de utilizar o Facebook durante uma semana “relatavam sentimentos de menor depressão, ansiedade, solidão e comparação social”.

O documento revela também que em vez da empresa partilhar estas descobertas ou continuar com mais investigação, a tecnologia parou com os trabalhos e declarou internamente “que as conclusões negativas do estudo estavam contaminadas pela narrativa mediática existente em torna da empresa”.

Apesar de ter conseguido criar uma ligação entre as suas redes sociais e o efeito negativo na vida das pessoas, a empresa revelou ao Congresso que não tinha “capacidade de quantificar se os seus produtos eram prejudiciais para os adolescentes”.

Andy Stone, porta-voz da empresa, referiu em comunicado que o “estudo foi interrompido porque a metodologia falhava e a empresa trabalhou de forma árdua para melhorar a segurança dos seus produtos”.


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